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Rádio Acesa Ao vivo

30 de jun. de 2013

Eleitores do Nordeste, mais velhos, menos instruídos, pobres e do interior sustentam Dilma Rousseff

Fernando Rodrigues

Marina Silva já está à frente no Sudeste e entre jovens
Quando se faz um recorte na taxa de intenção de voto de Dilma Rousseff para presidente (29% a 30%, segundo o Datafolha), nota-se que a presidente se sustenta com base em eleitores do Nordeste, mais velhos, menos instruídos e os que vivem no interior.
O cenário ainda mais provável para a sucessão de 2014 inclui Dilma, Marina Silva (Rede), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Eles pontuam 30%, 23%, 17% e 7%, respectivamente.
Mas veja o que acontece com os 30% Dilma Rousseff quando se estratifica o resultado:

- Região: a presidente tem 45% no Nordeste contra apenas 22% no Sudeste, 27% no Sul e 28% no Norte/Centro-Oeste;
- Natureza do município: Dilma tem 24% em capitais e regiões metropolitanas e 34% em cidades do interior;
- Idade: a petista tem 33% entre os eleitores de 60 anos ou mais e 27% na faixa de 16 a 24 anos;
- Escolaridade: Dilma tem 38% dos votos dos eleitores com ensino fundamental, mas só 19% daqueles que têm curso superior;
- Renda familiar mensal: a presidente recebe o apoio de 36% da faixa até 2 salários mínimos e 19% no grupo que ganha mais de 10 salários mínimos.

O que tudo isso significa? Que o voto de Dilma Rousseff é bem menos homogêneo do que foi em levantamentos passados. E que os apoios estão no estrato do eleitorado que até hoje mais se beneficiou das políticas sociais petistas.
Nesse cenário (a petista contra Marina, Aécio e Campos), Dilma Rousseff já perde numericamente para Marina Silva no Sudeste (24% a 22%) e no Norte/Centro-Oeste (30% a 28%). A diferença percentual nesses casos está dentro da margem de erro, mas ainda assim é um sinal inédito para a presidente no atual ciclo eleitoral.
Entre os jovens de 16 a 24 anos, Marina Silva tem 31% contra 27% de Dilma.
No caso dos eleitores com nível superior, a diferença é grande: Marina vaia 33% contra apenas 19% de Dilma.
Eis as tabelas do Datafolha com todos esses dados (clique nas imagens para ampliar) apurados no levantamento de 27 e 28 de junho, com 4.717 pessoas em 196 cidades país (e margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos):
(clique na imagem para ampliar)

(clique na imagem para ampliar)

(clique na imagem para ampliar)

30/06/2013

Hoje é o Dia do Caminhoneiro




O caminhoneiro transporta a riqueza brasileira pelas estradas. Leva às cidades e a outras regiões do interior do Brasil alimentos e produtos necessários para suprir as necessidades primordiais de todos. Quase tudo o que está ao seu redor veio de caminhão. E se veio de avião ou foi produzido perto de você algum caminhoneiro levou até a loja. Sério. A música é a bela homenagem de Roberto Carlos a esta profissão. Parabéns, caminhoneiros do Brasil!
Apresentação: Luiz Cláudio Canuto

28 de jun. de 2013

Mulher é esfaqueada pelo namorado em Volta Redonda
   
Volta Redonda

Tatiana Medeiros Werneck , de 28 anos, foi esfaqueada pelo namorado na manhã de hoje (28). O crime aconteceu na Rua Vista Alegre, localizada no bairro Santo Agostinho.

Segundo informações da Polícia Militar, o autor - que ainda não teve o nome divulgado - teria chegado alcoolizado em casa e esfaqueado a vítima após uma discussão.

Tatiana foi atingida com facadas no ombro, barriga e perna e foi encaminhada para o Hospital São João Batista. O estado de saúde dela é estável.

O autor do crime fugiu.

"Nossa vida política faz parte da evolução biológica", diz neurocientista português

O neurocientista português António Damásio, que desembarcou no Brasil em meio à onda de protestos, vê algum paralelo entre os acontecimentos de junho de 2013 e a abordagem com que ele próprio estuda a mente.
Damásio, que estuda o papel da emoção na racionalidade, concorda que o envolvimento emocional das pessoas com as reivindicações ajudou os protestos tomarem grandes proporções ao mesmo tempo em que perdem um pouco da objetividade.

O cientista, professor da Universidade do Sul da Califórnia, rejeita, porém, uma visão pessimista na qual o impulso emocional das pessoas solapa sua objetividade.


Karime Xavier/Folhapress
O neurocientista português António Damásio, em hotel onde se hospedou em São Paulo
O neurocientista português António Damásio, em hotel onde se hospedou em São Paulo

"É preciso pensar nas razões, porque as razões existem", disse. "Se há certas coisas que são altamente desproporcionadas, e se um grupo suficientemente grande de pessoas sente que há uma injustiça, a resposta emocional tende a ser maior."

Para o cientista, que está preparando um livro sobre a ligação entre a neurociência e fenômenos sociais, o aumento do desejo das pessoas por maior participação política é um caminho natural.

"Tudo aquilo que se passa na nossa vida social e política não é uma coisa inventada por nós, por políticos ou por jornalistas, é uma coisa que faz parte da nossa evolução" afirmou anteontem em São Paulo, em palestra no ciclo de conferências "Fronteiras do Pensamento".

Leia abaixo entrevista que o neurocientista autor de "E o cérebro criou homem" concedeu à Folha.

*

FOLHA - O sr. têm muitos trabalhos mostrando como as emoções contribuem para uma racionalidade que supomos ser neutra. As manifestações que estamos vendo agora no Brasil são uma versão coletiva daquilo que o sr. observou em seu trabalho com indivíduos? A mesma coisa está acontecendo agora no plano coletivo, em escala maior?

ANTÓNIO DAMÁSIO - Está. Mas é preciso pensar nas razões. As razões existem. Grande parte das reivindicações que aparecem nesses movimentos aparecem em qualquer parte do mundo, ou apareceriam em qualquer parte do mundo se houvesse tais manifestações. Há algo a ver com as proporções de carência. Se há certas coisas que são altamente desproporcionadas, e se um grupo suficientemente grande de pessoas sente que há uma injustiça --ou sente que há uma falta de cuidado em relação a certo problema, porque esse problema nunca foi tomado a sério--, a resposta emocional tende a ser maior.

Uma outra causa importante tem a ver com a comunicação que hoje em dia nós temos, por exemplo, através das mídias sociais. Ela é completamente diferente do que teria existido em outros momentos históricos. Não é por acaso que aquilo que aconteceu na Primavera Árabe, o que tem acontecido na Turquia e acontece no sul da Europa, aconteceu aqui agora com um aspecto tão distribuído e tão rápido.

Não sou especialista na matéria, e pode ser que eu esteja errado, mas eu diria que a rapidez e a manutenção dessas respostas não têm tanto a ver com a racionalidade ou a emoção. Tem a ver com o fato de que há uma possibilidade de várias pessoas a virem se movimentar mais rapidamente e mais dentro de uma certa unidade de tempo e espaço, através da comunicação digital, que é uma coisa que não existia antes e que não tinha esse poder. Hoje em dia é evidente que tem poder, e os mesmos tipos de manifestação ocorrem muito rapidamente em diversos pontos do mundo.

Alguns psicólogos veem aspectos ruins nessa enxurrada de informação eletrônica em que vivemos hoje. O sr. acha que essa cacofonia de informação já está causando uma sobrecarga nos nossos cérebros, sem que possamos lidar com ela?

Depende da maneira como se responde a essa quantidade de informação disponível. Há pessoas que respondem tendendo a pegar tudo, e é evidente que vão ter problema em digerir toda essa informação, e há pessoas que vão ser mais comedidas na forma com que vão adquirir essa informação. Isso está em grande parte sob nosso controle, mas é evidente que há certa penetração dessa informação, que é muito aliciante por causa da tecnologia --porque há um novo gadget, porque há uma atração extraordinariamente grande por coisas que são novas, brilhantes e trazem qualquer coisa que é diferente daquilo que havia antes.

Portanto, há de fato riscos óbvios vindos dessa rapidez de disseminação da informação. Mas, se há alguma consequência para o nosso cérebro, para nossa mente ou alguma consequência do ponto de vista social, é algo que resta a ver. Há certos destes fenômenos que acontecem durante um certo tempo, e depois há uma aclimatação.

As pessoas tiveram exatamente as mesmas preocupações quando apareceu pela primeira vez o rádio, quando apareceu pela primeira vez a televisão. Não há dúvida que o rádio, a televisão e o telefone tiveram imensas consequências do ponto de vista de organização social, mas não foram coisas trágicas. Ou talvez a televisão tenha sido trágica, mesmo que não tenha sido de todo não boa, mas acho que é preciso ver essas coisas com uma certa circunspecção. Não vale a pena dizer imediatamente que tudo está muito mal e banir a comunicação digital só porque há de fato uma enorme quantidade de comunicação e há pessoas que estão a perder tempo demais nesta comunicação.

Uma pergunta que todos me fazem hoje é se isso poderia fazer mal para os muito jovens. É claro que isso não vai fazer mal nenhum para mim nem para si. Mas, para alguém que está em tempo formativo --crianças, por exemplo--, é possível que tenha mais riscos do que para nós. E vai ter, ao mesmo tempo, coisas benéficas e potenciais problemas. As coisas benéficas são óbvias. Vai haver uma aceleração de respostas cognitivas que pode trazer benefícios em matéria de rapidez de raciocínio, por exemplo. Vai haver uma maior disseminação de informação, que, caso seja possível trabalhar bem com essa informação, significará mais conhecimento. E, com mais conhecimento há a possibilidade de se tomar decisões mais acertadas.

Mas, ao mesmo tempo, isso pode dividir de tal maneira o espaço intelectual de modo que, paradoxalmente, não haja tempo para fazer as boas e acertadas decisões. Portanto, tudo isso é matéria de investigação. Não é possível dizer, a priori, que isto vai ser muito bom ou que vai ser muito mal. É possível que seja um pouco de uma coisa e um pouco da outra, e é possível que no fim não tenha efeito de qualquer espécie.

Como o sr. enxerga a recente polêmica em torno da elaboração da quinta edição do DSM, o manual de diagnósticos da psiquiatria. O manual ainda não conseguiu traduzir as descobertas mais recentes da neurociência em aplicações clínicas, e os críticos falam que isso é sinal de uma crise na psiquiatria. O sr. concorda?

Eu não sou um psiquiatra, primariamente, mas falar em crise é uma coisa exagerada. O que se pode discutir é se ter um manual de diagnósticos possíveis é a coisa mais prática e inteligente. Prático parece ser, mas eu não tenho grande gosto por esses manuais, e parece-me que há muitas coisas da realidade que escapam a esses manuais porque é extremamente difícil codificar doenças e síndromes. Há certas coisas em que é fácil, com um grupo muito típico de manifestações, mas em grande parte dos casos as manifestações variam um tanto. A capacidade humana de variação é tal que tentar fazer um pigeonholing [uma rotulagem] é extremamente difícil, e geralmente não resulta bem. Nós somos todos extremamente parecidos nas nossas linhas mestras, mas ao mesmo tempo extremamente individuais, e é por isso que é muito arriscado fazer esses diagnósticos como se fossem possíveis dentro de uma grande precisão, quando muitas vezes não o são.

Mas acho que minha opinião conta muito pouco. Não tem nada a ver com o valor profissional [do manual]. É possível que isso tenha um imenso valor para os profissionais de psiquiatria que têm que se entender com entidades de saúde, por exemplo, e resolver problemas como reembolsos para tratamentos de doenças. Esses são todos problemas com os quais eu, como cientista, não tenho grande relação, mas acredito que sejam problemas reais.

Os trabalhos que o sr. tem feito nos últimos anos estão dando uma direção um pouco diferente para a neurociência, tirando um pouco o foco do córtex, a parte externa do cérebro, e mostrando o papel de estruturas tidas como mais primitivas, como o tronco cerebral, nas funções cognitivas humanas avançadas. Essas descobertas resultaram em alguma aplicação clínica, ou poderão resultar?

Acho que pode haver repercussões fortes no lado clínico, mas, francamente, aquilo que me interessa principalmente é ter, antes de mais, uma repercussão na compreensão daquilo que é um ser humano. Se nós cremos ter uma visão de o que é um ser humano do ponto de vista biológico, há que verificar que aquilo que sabemos de biologia e de neurobiologia ajuda a explicar o que é um ser humano tal como os seres humanos hoje em dia vivem. Mas não é a explicação completa.

Há explicações que têm a ver com a inserção social do ser humano. Os seres humanos são resultado de uma biologia antiga, que têm se desenvolvido ao longo de milênios, e de uma sociedade em que vivem. É ela em grande parte o resultado da própria biologia, porque a sociedade foi construída pela biologia. Mas, uma vez que a sociedade têm uma determinada estrutura, essa estrutura vai poder interagir com a biologia, de modo que aquilo que somos não pode ser explicado de forma alguma, nem pela sociedade exclusivamente, com seus aspectos culturais e de civilização, nem pela biologia exclusivamente. Tenho desgosto por explicações de seres humanos que sejam exclusivamente biológicas ou exclusivamente culturais. Tanto uma quanto outra perdem a visão daquilo que é uma verdade possível. A verdade possível, quanto a mim, inclui aspectos biológicos e inclui aspectos socioculturais. Esta é a primeira coisa.

E, em relação à sua pergunta sobre o córtex cerebral, a história da neurobiologia tem sido mesmo uma história que dá valor especial ao córtex cerebral e muito pouco valor ao resto da estrutura nervosa. Isso é bastante compreensível por várias razões. Primeiro, é óbvio que o córtex cerebral é especialmente desenvolvido no ser humano. Portanto, faz sentido dar atenção ao córtex cerebral. Não tenho problema nenhum com isso. E algo que é menos óbvio, mas é verdade, é que o córtex cerebral é mais fácil de estudar do que tudo o mais no sistema nervoso, porque é maior. As coisas que são maiores e que estão mais à vista são as coisas que se estudam primeiro.

É um paradoxo que a compreensão das bases neurais de um comportamento completo tenha que começar pela linguagem. É espantoso. Como é que se começou a compreender aquilo que é o cérebro humano por um dos aspectos mais complicados da mente, que é exatamente o aspecto codificado da linguagem que nós estamos agora a utilizar. Mas foi aí que se começou. Por quê? Porque houve lesões neurais em regiões enormes do córtex em que houve uma área de destruição, e essa área de destruição pode ser correlacionada com a perda da fala ou com a perda do uso linguístico da gramática de uma forma própria, como no estudo da afasia. Mas o começo partiu daí por acaso, por uma combinação de acaso, boa sorte e o fato de que o defeito era de tal maneira evidente e visível que não poderia escapar à observação de uma pessoa atenta.

Foi aí que começamos, mas não faz sentido nenhum, porque há coisas muito mais profundas do que a linguagem que só agora que se estão a compreender. Por exemplo, é infinitamente complexo tentar compreender agora como funcionam as emoções, como elas se repercutem na organização social, como os sentimentos das emoções estão estruturados. Embora isso seja muito mais antigo do ponto de vista evolucional, só agora estamos a perceber. Por quê? Porque grande parte desses fenômenos dependem de estruturas de pequeno porte, como por exemplo, estruturas do tronco cerebral, do bulbo raquidiano, do mesencéfalo. Essas estruturas são extremamente difíceis de se analisar. Algumas delas são macroscópicas, mas, no fundo a estrutura principal é microscópica. Elas são muito difíceis de compreender em matéria de rede, de interação. É muito difícil apanhá-las do ponto de vista de neuroimagem, enquanto com a neuroimagem nós podemos ver coisas no córtex lindamente hoje em dia com ressonância magnética, com tomografia por emissão de pósitrons [PET scan].

Estamos conseguindo apanhar coisas no tronco cerebral agora, mas, tecnicamente, é uma proeza. Portanto, vai haver um processo muito mais lento para se compreender aquilo que está a passar nessas estruturas, o que não quer dizer que essas estruturas não estejam fazendo coisas absolutamente vitais para aquilo que é o ser humano, tais como emoções. Eu acho que só se pode compreender o que é um ser humano quando se tem em vista a biologia e a cultura em que esse ser humano está inserido. Não se pode compreender o que é o comportamento humano neurobiologicamente sem se perceber as ligações entre as estruturas mais antigas do cérebro, que não são corticais, e as estruturas do córtex cerebral que estão interligadas com elas.

É evidente que esta conversa e as ideias que estão a ser traduzidas por ela não pode ser tida por símios altamente complexos. Chimpanzés não poderiam ter esta conversa, nem com linguagem de sinais nem com nenhuma outra maneira de expressão. Por quê? Porque apesar de terem um córtex cerebral muito grande e em muitos aspectos bem parecido com o nosso, eles não têm as redes neurais organizadas da forma que nós as temos em suas ligações com o tronco cerebral. Então, não é só porque o córtex cerebral é grande, pois o deles também é grande. E não é só por causa do tronco cerebral, pois eles também têm tronco cerebral. A forma como as redes funcionam e a forma como elas estão integradas é que vão permitir a estruturação daquilo que é uma mente humana e que vão permitir, através da evolução, estruturar uma sociedade e uma cultura, que por sua vez intervêm no cérebro humano, que por sua vez faz acontecer alguma coisa que não aconteceu em outras sociedades de outros animais.

Alguns anos atrás, suas ideias em neurobiologia vinham sendo descritas como não convencionais, mas o sr. já tem conseguido alguma evidência experimental para defendê-las. Atribuir um papel maior das estruturas subcorticais em funções cognitivas avançadas é uma dessas ideias. Há estudos de outros grupos confirmando isso também? O sr. acha que essa sua hipótese pode deixar de ser consideradas subversiva dentro da neurociência?

Bom, ela pode ter sido subversiva, mas já não é. Há várias coisas que podem acontecer com as ideias científicas, com os resultados e suas hipóteses. Ou elas têm dados que as apoiam, e nesse caso elas vingam e deixam de ser subversivas, passam a ser status-quo, ou então não há evidência nenhuma, e elas morrem pelo caminho ou ficam adormecidas até regressarem uma geração mais tarde.

Há algumas coisas em que eu tenho trabalhado, como a hipótese dos marcadores somáticos, para as quais há amplos dados de que têm mérito. Pode haver detratores, mas elas têm mérito, têm funcionamento e têm poder explicativo. Há um estudo do meu laboratório que saiu neste ano na revista "Nature Reviews Neuroscience" em que falo sobre a base dos sentimentos do ponto de vista neuronal, em relação ao tronco cerebral e em relação até ao nível abaixo dessas estruturas. Julgo que tem uma boa projeção, e há muitas pessoas que estão interessadas neste trabalho e estão a prosseguir com investigações. Algumas das quais evidentemente ainda não saíram, porque ainda não estão completas. Julgo que tem um certo eco entre várias pessoas, mas é cedo demais para dizer. Se tivermos uma nova entrevista daqui a três anos, a essa altura sua pergunta vai ter uma resposta mais clara.

Há muitos neurocientistas entusiasmados agora em tecnologias como a ressonância magnética por difusão, e já se fala em mapear por completo o "conectoma" --a expressão criada para descrever a totalidade de sinapses, as conexões entre os neurônios. O sr. acha que essas novas tecnologias vão conseguir enxergar essas características humanas únicas nas estruturas cerebrais subcorticais que o sr. menciona?

Acho que há enormes possibilidades de que isso aconteça. Mas há um certo aspecto de divulgação desses termos porque eles captam o espírito da época. Mapeamento é uma palavra que está na moda. A ideia de que se possa mapear algo deixa as pessoas muito contentes, porque se há um mapa a gente sabe onde é que está e para onde é que vai --mas muitas vezes não sabe. "Conectoma" também é uma coisa muito sugestiva. Com conexões, a gente percebe que aquilo que somos mentalmente e comportamentalmente tem a ver com a forma como há conexões neuronais. Mas [o uso desses termos] é quase como um aspecto publicitário, mais do que a realidade. É importante ver isso com certo cuidado.

É evidente que trabalhos de neuroimagem, em geral, são importantes. Técnicas de difusão ajudam muito, mas é preciso uma grande elaboração para chegar ao ponto em que possam dar resultados definitivos. Em nosso centro de neuroimagem estamos a trabalhar com essas técnicas e as usamos constantemente. Há coisas magníficas, mas há também enormes lacunas que estão por resolver.

Quais são as principais questões que o sr. está investigando em laboratório hoje?

A questão que mais me preocupa é a seguinte.

Hoje em dia, conseguimos compreender muito bem como é que as emoções funcionam. Há uma grande clarificação desse problema, que há vinte anos era uma incógnita enorme. Há emoções diversas: as simples, as complexas, as emoções sociais, as básicas. É relativamente claro como tudo isso funciona, e sabe-se quais são as partes do cérebro envolvidas.

Aquilo que mais me interessa no momento não é a emoção propriamente dita, que é um programa de ações, mas sim aquilo que acontece quando a emoção se desenrola, que é a experiência mental que você ou eu temos de que estamos a ter uma emoção. Ou a experiência que nós temos de que temos um estado, por exemplo, de dor. Ou fome. Ou sede. Como é que se passa esse sentimento é aquilo que mais me interessa.

O trabalho que estamos a desenvolver nestes últimos anos tem a ver com o fato de que as estruturas do cérebro relacionadas ao sentimento são ligeiramente diferentes e, às vezes muito diferentes das estruturas que têm a ver com a emoção.
O grande interesse que tenho no tronco cerebral tem a ver com o fato de que há estruturas no tronco cerebral que estão a participar do mapeamento que resulta no sentir, no ter a experiência mental, mas que possivelmente não participa em fazer a emoção. Participa no sentir a emoção e no sentir o estado do corpo.


Outra coisa muito importante para nós é que nosso instituto está muito ligado às humanidades. Tenho muito interesse na sociedade e nos aspectos que de fato são unicamente humanos. Não só temos uma coisa chamada linguagem na nossa consciência, que é distintamente humana, mas também temos essa coisa extraordinária que é termos inventado artes. As outras criaturas vivas, embora tenham muita complexidade, não têm se preocupado muito com isso. Os macacos e os cães não têm feito grande coisa pela pintura e pela música.

Temos um grande projeto sobre aquilo que há de especial no cérebro humano que permite a música e aquilo que há no cérebro humano que é modificado pela música. Estamos a fazer um estudo longitudinal daquilo que acontece a crianças a partir dos cinco anos de idade quando são sujeitas a uma aprendizagem intensiva de música. Para saber os resultados, tem que me entrevistar daqui a cinco anos, mas estamos convencidos de que teremos resultados muito interessantes. Temos uma série de hipóteses sobre aquilo que vai acontecer naqueles cérebros. Acredito que sejam coisas muito boas. Esse é um trabalho que estamos a fazer com a Filarmônica de Los Angeles, que é uma das grandes orquestras do mundo e está ali ao pé de nós.

O sr. já está preparando o próximo livro? Tem algum tema?

Como você pode imaginar, dado que eu tenho um imenso interesse pelas coisas sociais, o livro vai ser praticamente todo sobre sociedade. Sobre aquilo que acontece no cérebro que permite criar cultura e civilização, permite criar as artes, permite criar justiça, moralidade. O que é diferente nas artes? O que há nelas que contribui para o nosso bem estar? Esse é o tema do próximo livro.

Eu não faço livros por atacado, faço poucos e espaçados. Embora as pessoas digam que os livros explicam coisas e portanto servem para divulgar a ciência, eu não escrevo livros para divulgar a ciência. Escrevo livros para esclarecer a mim próprio o que é um problema. Escrevo livros quando estou muito interessado num determinado problema e quero perceber um pouco mais desse problema.

Sexo com menos de 16 anos é precoce


Colunista da BandNews FM explica por que jovem ainda não está pronto para relação íntima nesta idade







Uma pesquisa recente do IBGE mostrou que 30% dos adolescentes brasileiros entre 13 e 15 anos já iniciaram sua vida sexual. Segundo a psicóloga Rosely Sayão, colunista da BandNews FM, os dados são preocupantes, já os jovens ainda não estão prontos para a relação íntima nesta idade.

A especialista em educação explica que esta é a fase de muitas descobertas, sendo que a maior delas se refere à sexualidade.

“Apesar de eles começarem uma vida social aos 8, 9 anos, e apesar da gente achar que eles estão muito avançados, emocionalmente eles continuam com 13 e 15 anos, ou seja, muito impulsivos, muito ligados no presente, sem pensar ou avaliar as consequências do que fazem”, diz Rosely.

Quem não tira férias pode ter depressão e outros males; teste seu risco


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    Sair de férias contribui para reduzir a pressão arterial, aliviar o estresse, melhorar o sono e, de certa forma, rejuvenescer o corpo, benefícios que são estendidos por vários meses Sair de férias contribui para reduzir a pressão arterial, aliviar o estresse, melhorar o sono e, de certa forma, rejuvenescer o corpo, benefícios que são estendidos por vários meses
Seria muito bom que todas as pessoas tirassem férias, defendem os especialistas. E isso sob todos os aspectos: profissional, pessoal, social e, especialmente, do ponto de vista da saúde e do bem-estar.
"A pressão no ambiente de trabalho só faz aumentar, com metas cada vez mais difíceis de atingir. Quer dizer, o profissional tem que se dedicar quase integralmente e isso gera cansaço, fadiga, estresse. Tirar férias significa um momento de pausa no meio de toda essa demanda", salienta a psicóloga Fernanda Mion, master em programação neurolinguística com formação em hipnose e psicoterapia breve individual e em grupo.

Com ela concorda Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo, médico cirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein, presidente do Núcleo de Robótica da Associação Paulista de Medicina. "Cada pessoa tem um tempo necessário para repor suas condições de calma, concentração e foco. Isso é essencial em várias profissões, como no caso de cirurgiões que realizam operações complexas que exigem precisão máxima. Então, para a saúde do próprio indivíduo e também para seu bom desempenho no trabalho, parar de vez em quando é fundamental."
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Previsão para Volta Redonda - RJ
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Sex - 28/06/2013
Sol com muitas nuvens durante o dia. Períodos de nublado, com chuva a qualquer hora.
temperatura mínima: 16°C
temperatura máxima: 25°C
probabilidade de chuva: 80%
quantidade de chuva: 17mm
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Sáb - 29/06/2013
Dia de sol, com nevoeiro ao amanhecer. As nuvens aumentam no decorrer da tarde.
temperatura mínima: 15°C
temperatura máxima: 26°C
probabilidade de chuva: 0%
quantidade de chuva: 0mm
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Dom - 30/06/2013
Sol com muitas nuvens durante o dia. Períodos de nublado, com chuva a qualquer hora.
temperatura mínima: 15°C
temperatura máxima: 24°C
probabilidade de chuva: 80%
quantidade de chuva: 2mm
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Protestos podem melhorar democracias nos países emergentes, diz 'Economist'

Revista britânica considera, porém, que plano apresentado por Dilma Rousseff foi 'apressado' e não deve 'prover uma calma duradoura' ao Brasil.



Da BBC



A onda de protestos que se espalhou pelo Brasil e por diversos outros países é capa da edição mais recente da revista "Economist", que concluiu que, apesar de a democracia ter ficado "mais difícil", ela pode ser melhorada por conta das manifestações.
"Quando políticos entendem que as pessoas querem mais - e que seu voto depende de sua satisfação -, as coisas podem mudar. No Brasil, a presidente Dilma Rousseff quer um debate nacional na renovação da política. Isso não será fácil nem rápido, mas os protestos ainda podem melhorar as democracias nos países emergentes, e até mesmo na União Europeia", diz a revista, que também dedicou um editorial ao assunto e uma reportagem específica à situação brasileira.
Nessa reportagem, a publicação opinou que o plano inicial proposto por Dilma "pareceu apressado e improvável de oferecer calma duradoura (à população)", citando sobretudo a proposta de uma Assembleia Constituinte, já descartada por conta de debates quanto a sua validade constitucional.
Mesmo assim, a reforma política é "urgentemente necessária", ainda que os diversos partidos políticos brasileiros, "poucos dos quais tendo ideologia além do clientelismo, tenham pouco apetite para mudanças".
Espontaneidade dá aos protestos um sentido de possibilidade', opina revista (Foto: AFP Photo)Espontaneidade dá aos protestos um sentido de possibilidade', opina revista (Foto: AFP Photo)
A revista lamenta que Dilma "não tenha dado sinais de que vá reduzir o inchaço do governo, algo que lhe permitiria financiar serviços (públicos) melhores" e opina que ainda não está claro quem vai se beneficiar politicamente dos protestos brasileiros.
"(O ex-presidente) Lula se manteve incomumente silencioso até agora, ainda que tenha ajudado sua protegida (Dilma) nos bastidores. Ele apreciaria o papel de salvador nacional. Mas muitos dos problemas citados pelos manifestantes são coisas que, como presidente, ele fez pouco para resolver", diz o texto.
'Corrupção, ineficiência, arrogância'
A revista destaca as diferenças entre os diversos protestos ao redor do mundo - da Índia à Turquia; da Bulgária à Primavera Árabe -, mas vê em comum o fato de muitos manifestantes serem "pessoas de classe média, e não grupos organizados de lobbies, especializados em influenciar decisões políticas favoráveis a seus interesses, com uma lista de exigências".
"Os protestos não são mais organizados por sindicatos ou outros lobbies, como antes. A espontaneidade lhes dá um sentido intoxicante de possibilidade. Inevitavelmente, a falta de organização também embaralha a agenda", destaca a revista. "Seu misto de farra e ira condena a corrupção, a ineficiência e a arrogância de quem está no poder", avalia a Economist.

Quadrilha mata criança durante assalto na Zona Leste de SP

Seis homens invadiram casa onde moravam duas famílias bolivianas.
Criança levou tiro por chorar durante assalto, segundo a polícia.



Do G1 São Paulo



Uma quadrilha formada por seis homens matou um menino de 5 anos durante assalto a uma casa onde vivem bolivianos na região de São Mateus, Zona Leste de São Paulo, na madrugada desta sexta-feira (28). Bryan Yanarico Capcha, que era filho único, foi baleado na cabeça porque chorou durante a ação dos criminosos, segundo a polícia.

Por volta de 1h, quatro ladrões com facas e dois com revólveres invadiram a residência na Rua Frutos de Maio, no Jardim Conquista. Muito agressivos, os crimininosos renderam duas famílias de bolivianos, que moram e trabalham em um ateliê de costura, e recolheram cerca de R$ 4,5 mil.
Assustado com a situação, o garoto começou a chorar. A mãe, que veio há seis meses para trabalhar como costureira no Brasil, disse ter segurado o menino no colo, mas ele não se acalmou. Irritado, um dos criminosos atirou na cabeça do garoto. Ele foi levado para o Hospital São Mateus, onde já chegou morto.

A quadrilha fugiu logo após o disparo. Até o início da manhã, a polícia não tinha pistas dos assaltantes. A perícia foi feita no local. Cinco dos criminosos esconderam o rosto, o que dificulta a identificação e leva a polícia a suspeitar que os ladrões conheciam a família.

O crime foi registrado no 49º Distrito Policial, em São Mateus, mas deve ser encaminhado a uma delegacia especializada em latrocínios do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic).
Grupo impede apresentação do bilhete único em VR
 Publicação: quinta-feira, 27 de junho de 2013 (21:12)

Um grupo de manifestantes impediu, na noite desta quinta-feira, a apresentação programada pela prefeitura para a apresentação do bilhete único, que o governo pretende implantar em Volta Redonda até o final deste ano. Eles ocuparam o Teatro Professor Jesus de Monteiro Maciel, anexo ao Colégio João XXIII, no Retiro, e ao saberem que o prefeito Antônio Francisco Neto não estava presente, iniciaram uma manifestação que levou o vice-prefeito Carlos Roberto Paiva – que representava o chefe do Executivo – a suspender a apresentação.

Mais cedo, cerca de 500 pessoas percorreram um trecho da Avenida Antônio de Almeida, onde fica o colégio, acompanhadas por cerca de 60 policiais militares. Não houve incidentes. Como a capacidade do teatro é para 270 pessoas, a maior parte ficou no pátio ao lado, onde foi colocado um sistema de som. A apresentação programada para o Retiro era a primeira de uma série que a prefeitura pretende fazer para que a população conheça o projeto – reivindicado nas duas manifestações realizadas na cidade – antes da realização de uma audiência pública.

Os manifestantes, a maioria adolescentes, leu um manifesto onde reivindica a revogação do aumento da tarifa, praticado este ano. A partir da zero hora do próximo domingo, o preço da passagem na cidade cai de R$ 2,60 para R$ 2,50, redução que eles consideram insuficiente. Os pedidos são por passe livre irrestrito para os estudantes; implantação do bilhete único, sem limite de horário para uso; circulação dos ônibus nas 24 horas; construção de ciclovias e licitação para novas empresas. Além disso, o manifesto fala em revogação da lei que estende por 30 anos a concessão para as empresas de ônibus que operam na cidade.

Determinados a não conhecer o projeto, os manifestantes – que se intitulam do Movimento de Luta pelo Transporte Público e Gratuito de Volta Redonda – ficaram sem saber que, na modelagem do bilhete único, o município realizará licitação, como exigida pela legislação.

Todas as tentativas de Paiva de argumentar para que os manifestantes aproveitassem para conhecer o projeto foram rejeitadas. “Peço desculpas a vocês que vieram para participar e que queriam dar sugestões, mas não há condições”, justificou o vice-prefeito.

Além dele, estavam no auditório o presidente da Suser, Paulo Barenco; o secretário de Planejamento, Lincoln Botelho, e o representante da Logitrans, empresa de Curitiba contratada para fazer os estudos destinados à implantação do bilhete único, Antônio Carlos Marchezetti. Na plateia havia representantes do CMTU (Conselho Municipal de Transportes Urbanos), do CMDU (Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano) e do MEP (Movimento Ética na Política). Quando a confusão começou, um grupo tentou tomar o notebook da empresa, mas Marchezetti o enfrentou e não permitiu.

- O projeto tem que ser apresentado para a população conhecer e depois falar. A democracia é uma via de mão dupla – lamentou Marcelo Alexandre, do CMDU.

Paiva afirmou que, à tarde, tinha garantido a uma integrante do movimento que um dos seus representantes poderia se manifestar durante a apresentação. Ainda segundo o vice-prefeito, a mesma pessoa teria lhe dito que, enquanto a tarifa não baixar para R$ 2,40 não há interesse em dialogar com o governo.
frases de luz

Quem tem o brilho de jesus tem luz

Sua luz deve iluminar o caminho dos outros , nao apenas o seu.

tenha luz interior pois ela é dificil de ser apagada .

Eu sou a luz do mundo. (Jesus Cristo)

Quem tem luz exterior é belo , mas quem tem luz interior é excelente em tudo que faz.

acenda sua luz interior, a luz da sabedoria e da bondade. Dedique alguns minutos de seu dia à meditação, porque o homem iluminado não encontra trevas em seu caminho. Por onde passa, a luz irradia de si mesmo, atingindo todos os que lhe estão perto. Mergulhe em seu íntimo, e ouça a voz de sua consciência, que é a voz de Deus falando dentro de você mesmo. C. Torres Pastorino

seja luz sempre.

Uma pessoa que tem luz propia é feliz .

Seja uma luz no meio da escuridao da vida.

no palco da existencia quem nao tem luz propia nao é digno de muita confiança .

tua luz é contagiante .

Quando temos muita luz, admiramo-nos pouco; mas, quando ela nos falta, acontece o mesmo.” (Luc de Clapiers, Marquês de Vauvenargues)

se puder ser luz na vida dos outros seja

há pessoas que conseguem iluminar a vida dos outros

Luz devemos ser para vivermos em harmonia com as pessoas .

EXPULSE de seu espírito todas as lembranças tristes. Será que remoer os erros vai conseguir sarar o mal que já houve? Não! Quanto mais revolver em seu coração as tristezas do passado, mais vai sofrer, sem resultado nenhum. Dirija sua mente às recordações alegres, aos momentos felizes, aos fatos agradáveis do passado. Acenda a luz, para que as trevas desapareçam.

ser alegre , entusiasmado são qualidades de pessoas iluminadas.

NÃO ponha limites à sua vida. Procure ouvir as notas harmoniosas e sublimes do canto maravilhoso que se evola da natureza. Viva sorridente e alegre, para espantar as preocupações, para aliviar as lutas. Mergulhe sua alma na alma da natureza: absorva a luz do sol, goze a suavidade da lua, contemple o esplendor das estrelas, aspire o perfume das flores. A vida é bela, apesar das dores e dos contratempos. C.Torres pastorino

A vida é um canto eterno de beleza! Os homens complicam a vida e dificultam a existência, porque se acreditam diferentes uns dos outros. Mas a vida é uma só e os homens todos são irmãos. Portanto, não antagonize os outros. Distribua amor e compreensão a todos os que se chegam a você. Faça como o sol, que se dá a todos igualmente, em raios benéficos de luz e de calor. C. Torres Pastorino

Os homens são como os astros; alguns geram sua própria luz, enquanto outros apenas refletem o brilho que recebem.

O Divórcio



A controvérsia acerca do divórcio no mundo cristão tem sido interminável. Centenas de escritores têm se expressado a respeito, e ele tem sido debatido em concílios e convenções denominacionais há séculos, mas nosso povo ainda continua sem entendê-lo bem.

A declaração acima de Duty resume bem a questão sobre o divórcio na igreja evangélica brasileira. O autor dedicou quatorze anos estudando sobre a possibilidade de um novo casamento para a parte inocente, vítima da infidelidade conjugal. Destacamos ainda a seguinte declaração de Duty:

O divórcio não escriturístico é um dos grandes perigos de nossos dias. Muitas das igrejas modernas são tão lassas em sua aceitação do divórcio como o foram os fariseus dos dias de Jesus, que permitiam a separação por “qualquer motivo”. Rejeitamos e detestamos este tipo de divórcio “hollywoodiano” Acredito que devemos estabelecer princípios rígidos contra o abuso do divórcio, e devemos ater-nos às Escrituras, permitindo apenas aquilo que elas permitem.

Após uma profunda análise exegética nas Escrituras, Duty chegou a conclusão de que o divórcio, que implica na dissolução do casamento e na possibilidade de casar de novo, só é permitido para a parte inocente no caso de adultério (Mt 5.31-32; 19.3-12; Mc 10.1-12) e no caso do cônjuge descrente tomar a iniciativa de abandonar o crente (1 Co 7.10-15).

Nos dias atuais, no meio evangélico brasileiro, há inúmeros casos de pastores e de ovelhas que se divorciaram sem se enquadrarem nos casos bíblicos, e que se casaram novamente.  Há também as questões práticas que envolvem o divórcio. Sobre isso o pastor Esequias Soares comenta de maneira bastante pertinente:

O problema do divórcio não se resume ao que temos visto até agora. Há o lado prático, extremamente complexo e, em muitos casos, de difícil conclusão [...]. O Senhor Jesus disse que quem casa com o cônjuge divorciado ou divorciada, que tenha sido a parte infiel no primeiro casamento, comete adultério. Assim ambos estarão em adultério (Mt 19.9; Mc 10.11, 12). Como a Igreja pode receber em comunhão uma pessoa que cometeu adultério, destruiu o próprio lar, depois vem com outro cônjuge pedir a sua reconciliação com a Igreja, visto que à luz da Bíblia ambos estão em adultério? Será que não há reconciliação para situações dessa natureza? A Bíblia nada declara sobre isso. Afirma apenas que eles estão em adultério, mas não diz se a situação é irreversível. Fica difícil generalizar, pois cada caso é um caso. Em situações extremas, cabe ao pastor da Igreja analisar cada situação.

Sem dúvida alguma, as questões de ordem prática levantadas pelo pastor Esequias Soares são bastante delicadas, e fazem parte do cotidiano das igrejas locais. Faço aqui algumas considerações:

“Como a Igreja pode receber em comunhão uma pessoa que cometeu adultério, destruiu o próprio lar, depois vem com outro cônjuge pedir a sua reconciliação com a Igreja, visto que à luz da Bíblia ambos estão em adultério?”.

É no mínimo bastante constrangedor para a igreja local lidar com tais situações, principalmente quando a parte ofendida ou inocente congrega na mesma igreja onde o casal de adúlteros busca a reconciliação. Sempre que os princípios e mandamentos bíblicos são quebrados, as consequências negativas e constrangedoras são inevitáveis.

“Será que não há reconciliação para situações dessa natureza? A Bíblia nada declara sobre isso. Afirma apenas que eles estão em adultério, mas não diz se a situação é irreversível. Fica difícil generalizar, pois cada caso é um caso. Em situações extremas, cabe ao pastor da Igreja analisar cada situação”

É fato que a Bíblia não trata com detalhes sobre a questão da reconciliação dos casais em adultério por parte da Igreja, mas especifica a situação daqueles que estão nesta condição em relação ao Reino de Deus:
Não sabeis que os injustos não hão de herdar o Reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus. E é o que alguns têm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus. (1 Co 6.9-11, ARC)

Em se tratando de questões práticas, entendo que há situações em que o pastor e/ou a igreja local desligam ou excluem pessoas do rol de membros, mas estas permanecem com os seus nomes escritos no Livro da Vida, em plena comunhão com o Senhor. Quantos já não foram excluídos injustamente por motivos banais, por razões que não envolve transgressão contra a Palavra e pecado (por exemplo, os que são alvos de acusações e calúnias não apuradas devidamente)? Por outro lado, há também os que são reconciliados pelo pastor e/ou igreja local, mas que podem ainda estar separados de Deus em razão da posição da igreja não estar em linha com os princípios, fundamentos e mandamentos bíblicos.

Uma coisa é certa, como bem afirma o pastor Elinaldo Renovato na conclusão da Lição Bíblica: "Precisamos tratar cada caso de modo pessoal sempre em conformidade com a Palavra de Deus". Sem dúvida alguma, “cada caso é um caso”, mas todos os casos estão debaixo da autoridade final das Escrituras. Em se tratando de divórcio, as exceções e condições são aquelas aqui já expostas. Fora disso, o pastor e/ou a igreja podem até reconciliar o casal em adultério, mas a palavra final no assunto é a do Senhor, o justo juiz (Sl 7.1; Lc 18.7-8).

Se a reconciliação de um casal em adultério feita pela Igreja for aceita diante de Deus, este casal será aceito também no Reino de Deus, em sua realidade presente, futura e eterna. Neste caso, o texto de 1 Coríntios 6.9-11 deveria ser desconsiderado?  Deveria se entendido como uma questão válida apenas no contexto imediato dos destinatários da epístola?

É preciso ter cuidado para não incorrermos no excesso de justiça, nem no excesso de misericórdia. É necessário estar alerta para não fecharmos portas, nem também escancará-las.  A graça precisa sempre ser considerada, mas nunca banalizada.

Vale ainda lembrar que o divórcio, nos casos de infidelidade conjugal, não se trata de um imperativo, mas de uma permissão. A parte inocente ou ofendida pode, se assim desejar, entendendo que é o melhor a fazer, perdoar o cônjuge infiel, e contar com a graça de Deus na restauração e manutenção de seu casamento e família.

Por fim, nunca devemos esquecer que em relação ao divórcio, Deus o odeia:
Porque o SENHOR, Deus de Israel, diz que aborrece o repúdio e aquele que encobre a violência com a sua veste, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto, guardai-vos em vosso espírito e não sejais desleais. (Ml 2.16, ARC)

Porque o SENHOR, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele que cobre de violência as suas vestes, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto, cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis. (Ml 2.16, ARA)

Pois aborreço o divórcio, diz Jeová, Deus de Israel, e aquele que cobre de violências os seus vestidos, diz Jeová dos Exércitos. Portanto, guardai o vosso espírito, para que não vos hajais aleivosamente. (Ml 2.16, TB)

Eu odeio o divórcio, diz o Senhor, o Deus de Israel, “e também odeio o homem que se cobre de violência como se cobre de roupas”, diz o Senhor dos Exércitos. Por isso tenham bom senso; não sejam infiéis. (Ml 2.16, NVI)

Pois o SENHOR Todo-Poderoso de Israel diz: — Eu odeio o divórcio; eu odeio o homem que faz uma coisa tão cruel assim. Portanto, tenham cuidado, e que ninguém seja infiel à sua mulher. (Ml 2.16, NTLH)

Como bem nos diz a citação no início deste artigo, as controvérsias e discussões em torno do assunto são intermináveis e centenárias.

Cabe a nós orarmos e agirmos, para que os altos índices de divórcio diminuam em nossa nação e entre os filhos de Deus.

Segurança, Liberdade e Realização



Conceitos naturalmente opostos que precisam ser harmonizados e equilibrados.

A palavra segurança tem dois sentidos e ambos ocorrem simultaneamente na prática. Estar seguro significa estar protegido e preso. O cinto de segurança dos automóveis ilustra bem o conceito. O guarda também protege e prende. Quem está cercado por seguranças, tem pouca liberdade. Por conseguinte, segurança e liberdade são quase antônimos perfeitos. O nível de um será inversamente proporcional ao do outro. Quanto mais segurança tivermos, menos liberdade teremos, e vice-versa. Um conceito representa o preço que se paga pelo outro.


Regras se prestam à segurança, mas restringem a liberdade. Motocicleta é símbolo de liberdade, mas se caracteriza pela insegurança.

Não é possível que se tenha segurança e liberdade absolutas, muito menos simultâneas.

As transições estão relacionadas à mobilidade e à liberdade, mas trazem insegurança. Por esta cauda, as mudanças encontram resistência.


Um emprego oferece alguma segurança acompanhada de muitas regras que limitam a liberdade e os ganhos individuais. O empresário, por sua vez, tem muita liberdade e maiores ganhos, acompanhados por muitos riscos e insegurança.

O casamento oferece segurança em alguns aspectos e reduz a liberdade pessoal dos cônjuges, mas quem opta por conservar a liberdade da vida de solteiro, associada à liberdade sexual, assume os riscos da solidão, das doenças venéreas e do sentimento de incompletude.

Segurança é algo bom e necessário, mas, em excesso, causa inutilidade das coisas e dos seres.


Um pássaro sozinho numa gaiola dentro de casa está bem seguro, mas tem pouca utilidade e nenhuma liberdade.

Quem quiser segurança total, ou a máxima possível, abdicará de sua liberdade, tornando sua vida inútil e desprovida de realizações.

Um carro desligado e trancado numa garagem pode estar bem seguro. Tal condição também garante sua inutilidade durante o mesmo período.

Algumas situações de segurança são necessárias durante o tempo apropriado. Depois, podem configurar comodismo e inutilidade. Exemplos: filhos na casa dos pais e o navio no cais.


A liberdade é boa, mas não devemos ser mais livres do que convém: sem líder, sem limites e sem lei. Muitos clamam legitimamente por liberdade porque estão presos e escravizados; outros o fazem porque desejam ser livres para errar. Assim, abrem mão de sua segurança para o seu próprio dano e o de outras pessoas.

Quem quiser ser totalmente livre assumirá riscos cada vez maiores, variados e frequentes.


Viver é Arriscado


O que fazer? Precisamos de um equilíbrio consciente entre liberdade e segurança, buscando ambos dentro de patamares razoáveis, respeitando a ética, os compromissos, valores e princípios cristãos. A responsabilidade estabelece o equilíbrio.

Acelerador é liberdade. Freio é segurança. Precisamos ter os dois e, principalmente, saber quando e como utilizá-los. Durante a noite, priorizamos a segurança. Durante o dia, a liberdade.

Aqueles que esperam 100% de segurança para darem um passo na vida nunca sairão do lugar. Nunca crescerão por iniciativa própria. Assim, evitam o crescimento profissional, não se casam nem assumem o ministério. Anulam suas vidas.

Viver é arriscado. Precisamos correr riscos, mas não qualquer risco. Buscando um pouco mais de liberdade, abrimos mão de alguns aspectos da segurança. A incerteza que o processo traz pode e precisa ser controlada pelo conhecimento adquirido, que possibilitará o domínio da ação pretendida.

Para nossa segurança, precisamos de portas, mas devemos abri-las, no tempo certo, para vivermos nossa liberdade. Como temos vivido? Fechados para o mundo e para as pessoas à nossa volta? (Jz.18.7). Também não podemos viver abertos a tudo e a todos, receptivos a todas as ofertas e situações que surgem.


Seguros na Obediência


Queremos que Deus nos proteja, mas desejamos ser totalmente livres, andando por caminhos que nos pareçam bons. Contudo, a proteção divina está condicionada à nossa obediência (Dt.28.58,66; Pv.1.33). A suposta liberdade do rebelde é libertinagem (Gal.5.13; IPd.2.16).

Mesmo seguros na obediência, não anulamos nossa liberdade. Aí reside o risco natural da vida. No exercício da nossa vontade, do livre-arbítrio, poderemos sofrer algum dano. Não vamos colocar a culpa em Deus, como muitos fazem. Por quê Deus permitiu isso? Deus só não permitiria, se tirasse nossa liberdade.


Segurança X Fé


Nosso relacionamento com Deus pode exigir algumas decisões que parecem loucura aos olhos humanos pelo fato de serem contrárias aos padrões mundanos. Aceitar os desafios de Deus para nós pode parecer muito arriscado.

Imagine os riscos que Abraão assumiu quando resolveu sair de Ur dos Caldeus em obediência à ordem de Deus. Ele precisou abrir mão do conforto e da segurança de sua cidade. Isto só foi possível pela fé. O Senhor nos oferece garantias, mas não um caminho isento de percalços.

Podemos comparar o velho rico, Abraão, com o jovem rico mencionado no Novo Testamento (Mt.19.16). Ambos receberam propostas do Senhor que poderiam parecer muito arriscadas. O jovem rico preferiu a aparente segurança das riquezas e ficou preso por elas, perdendo a oportunidade das grandes realizações que teria com Cristo.

A primeira parte da nossa vida, a infância, é o tempo de aprendermos os limites, as regras, submetendo-nos à máxima segurança possível. A idade adulta é tempo de romper alguns limites, com responsabilidade, procurando alcançar e realizar os nossos sonhos e, sobretudo, o propósito para o qual existimos. Saia do cais e ganhe o mar, antes que seja tarde.

Linha de Frente

O livro de Stephen Ambrose Band of Brothers (Irmãos de Armas) relata a história da Easy Company (Companhia E) do exército dos Estados Unidos desde o treinamento na Geórgia, a invasão da Normandia do Dia D (6 de Junho de 1944) e até o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa. Richard liderou na maior parte daquele momento a Companhia E. Winters era um oficial especialmente bom porque liderava na linha de frente. As palavras de Winters mais ouvidas em combate eram: “Sigam-me!”. Outros oficiais podem ter procurado pelas áreas mais seguras na retaguarda, mas se os homens de Winter estivessem em combate, ele estaria lá para liderá-los.
Jesus é o único e verdadeiro líder de Seus filhos. Ele sabe o que precisamos e os nossos pontos mais vulneráveis. Sua liderança é parte do que faz do Salmo 23 a canção mais amada no hinário da Bíblia. No versículo 2, Davi diz que o Pastor “… Leva-me para junto das águas de descanso…” e acrescenta: “… Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome” (Salmo 23:3). Estas ideias conjuntas revelam porque o cuidado dele é tão completo. Quer sejam momentos de restauração ou fortalecimento (“águas de descanso”) ou épocas de fazer aquilo que o agrada (“veredas da justiça”), podemos segui-lo.
Como diz uma antiga canção, “Meu Senhor conhece o caminho pelo deserto, tudo o que preciso fazer é seguir”.

Recall




Com o aumento do número de recalls das empresas para conserto ou recolhimento de produtos defeituosos, o Ministério da Justiça determinou que esses anúncios sejam feitos também pelas redes sociais.
A recomendação também estabelece o uso de uma linguagem mais acessível e sem termos técnicos.
A empresa terá que dizer objetivamente qual é o defeito, seus riscos, medidas preventivas, data de início do recall e informações sobre os canais de contato com o fabricante.
Mas já existe um cadastro no site do Ministério para que o consumidor receba os avisos por e-mail.

Aumentam os casos de violência contra os idosos - Bloco 4


Apesar da falta de estatísticas, autoridades constatam que a violência contra idosos está crescendo no Brasil. Muitas vezes os abusos, sobretudo econômicos, partem da própria família. Para alguns especialistas, isso ocorre porque o idoso é visto como um problema pela sociedade, por ser considerado improdutivo. Eles apontam, como solução, a mudança de mentalidade como forma de defesa dos direitos do idoso. Confira, agora, quarto capítulo da série especial, com Maria Neves.

No capítulo de amanhã, último da série especial sobre os Idosos, as dificuldades de locomoção nas cidades brasileiras.

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Estudo do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro, publicado em 2011, demonstra que, entre 2002 e 2010, os registros de violência contra idosos aumentaram em mais de 90% no estado. Somente em 2010, 56,5 mil pessoas acima de 60 anos foram vítimas de algum crime. A capital do estado é a cidade brasileira com maior número de habitantes idosos, 940 mil pessoas.


O delito mais praticado contra representantes da terceira idade no Rio de Janeiro é o estelionato, seguido de ameaça, lesão corporal culposa de trânsito e lesão corporal dolosa.

Aumento no número de registros, no entanto, não significa necessariamente crescimento dos casos de violência. Conforme explica o coordenador da pesquisa, Emmanuel Rapizo, há uma série de fatores que podem explicar o fenômeno.

“Houve uma diminuição da não informação quanto à idade, houve aumento de políticas públicas em relação aos idosos. No Rio de Janeiro, foi criada a Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade, que hoje é sediada em Copacabana, e também houve nesse período o aumento da população com mais de 60 anos, o que também influencia no total de pessoas idosas vitimadas no estado.”

O estudo sobre violência contra pessoas da terceira idade do Rio é um caso isolado. Nacionalmente, não há estatísticas. A Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da Presidência da República sequer conhece o número de delegacias especializadas em atendimento ao idoso no País.

O único dado conhecido são as denúncias feitas por meio do serviço telefônico Disque 100. Em 2012, foram 23 mil ligações para denunciar maus-tratos de idosos, contra 8 mil no ano anterior. Como observado na realidade fluminense, o aumento dos registros não significa maior ocorrência de casos.

Para o secretário de Direitos Humanos, Gabriel dos Santos Rocha, o aumento das ligações se deve, em grande parte, à divulgação do serviço Disque 100. Ainda conforme o secretário, assim como ocorre no Rio, a maioria das ligações denuncia crimes econômicos, cometidos, principalmente, por familiares.
“No Disque 100, a gente tem visto de maneira assustadora, principalmente a violência econômica, dentro da própria família, é um negócio muito sério, quer dizer, de parentes, principalmente filhos, netos usurpam os direitos que um idoso tem, que é sua pensão. A gente tem recebido muita denúncia nesse sentido.”


Exatamente por ficar bastante circunscritos ao âmbito doméstico é tão difícil encontrar dados relacionados a delitos contra pessoas da terceira idade. De acordo com a coordenadora do Núcleo de Defesa do Idoso e da Central Judicial do Idoso do Distrito Federal, Paula Regina de Oliveira Ribeiro, dois terços das agressões são praticados pelo filho. Como a vítima nesses casos é a mãe, ela tem dificuldade para denunciar.

“Hoje o que a gente vivencia são diversos idosos, principalmente mulheres idosas que ainda se sentem culpadas e responsáveis pela violência que estão sofrendo. Então, a gente ainda tem que quebrar com esse ciclo porque ela pensa ‘onde foi que ela errou, a culpa foi minha, em algum momento eu errei com a educação desse meu filho’.”

Em março, o Plenário da Câmara aprovou projeto de lei (PL 6240/05) que endurece o tratamento dado na Justiça a quem comete crimes contra idosos. A proposta, que está no Senado, altera o Estatuto do Idoso para que infratores não recebam benefícios no julgamento de crimes com penas de até quatro anos.

O estudo da ONU “Envelhecimento no Século XXI”, publicado ano passado, mostra que a situação no mundo não é diferente da verificada no Brasil. Segundo o trabalho, depois dos 60, as mulheres acumulam a discriminação por idade e por gênero, e estão mais sujeitas à violência e ao abuso.

A defensora pública Paula Ribeiro explica que a legislação brasileira segue a tipificação internacional específica para delitos cometidos contra idosos. Além de incluir violência física, financeira, psicológica e sexual, prevê ainda negligência, abandono e mesmo autonegligência. Esta última representada pelo idoso que se recusa a receber qualquer tipo de ajuda.

Diante deste contexto em que grande parte das agressões ocorre no âmbito doméstico, os especialistas são unânimes em afirmar que a melhor maneira de combater o desrespeito ao idoso é por meio de mudança cultural.

O coordenador do Centro de Estudos do Envelhecimento da Universidade Federal de São Paulo, Unifesp, Fernando Bignardi, ressalta que, na sociedade atual, o idoso é visto como um problema, por ser considerado improdutivo. Em sua opinião, essa é uma das explicações para o crescimento violência não apenas contra idosos.

“Se você pensar, talvez um dos aspectos que geram esse aumento galopante da violência possa ser a perda de referência da família. Outrora esse ciclo intergeracional se cumpria, então, a criança nascia, tinha a presença dos pais, tinha a presença da outra geração, tinha a presença dos avós, que era outro aspecto da educação, a educação mais da ética, da sabedoria, da experiência de vida.”

O procurador do Ministério Público Federal Jefferson Aparecido Dias destaca que a sociedade atual optou por segregar os idosos. Exemplo dessa separação, para ele, são os asilos, onde os indivíduos são isolados do resto da sociedade.

Na opinião do procurador, esse modelo é extremamente equivocado. Jefferson Dias defende, por exemplo, a criação de cursos em universidades abertas para a terceira idade e mesmo nas escolas de ensino fundamental e médio, espaços em que os mais velhos possam conviver com os jovens e transmitir suas experiências de vida.

“Esse trato intergeracional é o mais importante porque você reintegra o idoso, aumenta a sua autoestima e aí permite, claro, aquele desenvolvimento do pertencimento, de se reconhecer como pessoa idosa sujeita de direitos, com valor.”

Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Idoso, o deputado Vítor Paulo (PRB-RJ) também aposta na mudança de mentalidade como forma de defesa dos direitos do idoso. Segundo ele, a frente vai realizar uma campanha de estímulo à valorização das pessoas da terceira idade ainda neste semestre.

“Então, é questão de educação, é fazer uma grande campanha de conscientização e de educação para que esse idoso possa ser respeitado dentro de casa.”

Vítor Paulo sustenta ainda que já apresentou requerimento ao Ministério da Educação para que inclua na grade curricular de todos os níveis de ensino disciplinas relacionadas ao envelhecimento e ao respeito ao idoso. Essa medida também é prevista no Estatuto do Idoso, mas nunca foi adota na prática.
Tentar e errar, mas não desistir de tentar

27 de jun. de 2013

Cocaína é encontrada em abrigo da Fundação Beatriz Gama
 Publicação: quinta-feira, 27 de junho de 2013 (9:9)


Dois sacolés de cocaína foram encontrados em um abrigo da Fundação Beatriz Gama (FBG), na Rua 6, no Conforto, em Volta Redonda. De acordo com a polícia, o dono da droga não foi identificado.

Os sacolés teriam sido entregues è um funcionário da FBG por uma adolescente de 17 anos. Ela teria dito que o entorpecente era de um menor de 11 anos, mas ele negou e disse que recebeu a cocaína de outro jovem de 12 anos.

O caso foi registrado na delegacia da cidade.
Morre homem baleado no Santo Agostinho
 Publicação: quinta-feira, 27 de junho de 2013 (7:6)


Morreu na noite da quarta-feira, no Hospital São João Batista, em Volta Redonda, Magno Alves de Paula, de 40 anos. A vítima, que morava na Rua Vista Alegre, no Santo Agostinho, foi atingida com um tiro na testa, no bairro.

Magno chegou a ser submetido a uma cirurgia de emergência, mas não resistiu. A polícia investiga a informação de que o autor do crime seria um rapaz de 20 anos, residente na Rua Mexicana. Ele foi visto deixando o local do crime, num táxi.

O homicídio foi o segundo registrado na cidade nesta quarta-feira
O inverno é a melhor época para queimar calorias. Isso acontece porque, para aquecer o corpo, o organismo passa a gastar mais energia, contribuindo para acelerar o metabolismo. E para quem pratica exercícios físicos esta perda é potencializada. Mas é preciso tomar cuidado para que a preguiça que vem junto com o friozinho não atrapalhe a rotina de malhação e acabe fazendo com que o peso aumente durante a estação.




De acordo com o educador físico Gilmar Ravazoli, da rede de academias Fit Premium, não é possível definir um percentual de perda, pois isso varia para cada pessoa. “A queima calórica está relacionada com o peso, idade e índice de gordura de cada um. A regra básica é que quanto mais gordura no corpo mais fácil é o processo de perda no organismo”, afirma.

Ele alerta, porém, que mesmo com a possibilidade de aceleração da perda calórica, o ideal é emagrecer no máximo dois quilos por mês. “Essa diminuição gradual faz com que o organismo se adapte com o novo peso e estilo de vida”, diz.

Outra dica do profissional é que as pessoas fiquem atentas para o correto aquecimento dos músculos durante a estação fria, a fim de prevenir lesões, e evitar o excesso de roupas para não atrapalhar o treinamento.
Fifa apanha calada para evitar se envolver em conflito político.

A Fifa está bastante contrariada com o governo federal  diante dos protestos contra a Copa das Confederações e a Copa-2014, mas não reage ou contra-ataca com temor das consequências políticas. No entendimento da entidade, em meio às manifestações, o Mundial tornou-se uma peça dentro da movimentação política em torno das eleições de 2014, incluindo a sucessão presidencial. E por isso que a organização máxima do futebol virou alvo dos políticos, do executivo e do Congresso.

A cúpula da Fifa tem diversas reclamações em relação ao governo federal. Entre elas, está o atraso nas construções dos estádios que, na visão dos cartolas, levou ao aumento de custos total. O exagerado preço final das arenas é a principal crítica nos protestos contra a Copa, que transformaram a entidade em alvo.

Também há um consenso dentro da Fifa de que a presidente da República, Dilma Roussef, demorou a falar sobre as manifestações. E, pior, fez uma declaração tímida sobre a Copa-2014, com um discurso que tentava desvincular a União de investimentos nos estádios. Isso apesar de existir verba federal nas arenas, por meio de incentivo fiscal e de uma empresa  que é metade estatal, no caso do estádio de Brasília.

Apesar desse descontentamento interno, cartolas da Fifa decidiram adotar a tática de não falar nada pesado em público. A ideia é tentar mostrar os benefícios do Mundial para o Brasil e ao mesmo tempo se desvincular das manifestações. Questionado sobre os protestos, ao voltar ao Brasil após viagem de uma semana, o presidente da entidade, Joseph Blatter, tentou livrar-se do problema. "São questões internas sociais que não tem relação com o futebol", afirmou, nesta quarta-feira.

A verdade é que dirigentes da federação internacional de diversos níveis se mostraram assustados com as manifestações, principalmente os estrangeiros. Tanto que o próprio Blatter tem se exposto o menos possível em cidades onde há protestos, viajando para os jogos apenas no dia das partidas.


Manifestantes quebram grade colocada pela polícia para manter protesto violento distante do Mineirão; A colocação das grades é parte de um acordo firmado na terça-feira à noite entre o governador Antonio Anastasia e líderes dos manifestantes no Palácio da Liberdade Leia mais EFE/Sebastião Moreira

Também há certo sentimento de incompreensão em relação às vozes da rua. Até quarta-feira, por exemplo, não tinham a percepção de que o ambiente político pode dificultar a liberação de verbas para a infraestrutura do Mundial. Um exemplo era dinheiro previsto para telecomunicações na competição que foi reprovado em sessão no Congresso, na noite de terça-feira.

Para 2014, um dos objetivos da Fifa será tentar entender o contexto político brasileiro. Assim, esperam evitar ficar novamente no meio do tiroteio entre políticos que afeta a organização do Mundial, na visão dos dirigentes. Também há a intenção de pressionar o governo por melhoria nos serviços, como na área de segurança.  O secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, avaliou que 20% dos itens previstos para a Copa das Confederações não funcionaram como previsto.

Um resumo é que, quando os cartazes das manifestações abaixar, e a cúpula da Fifa deixar temporariamente o país, dificilmente as relações entre seus cartolas e o governo brasileiro terá a mesma harmonia de antes da Copa das Confederações.
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Previsão para Volta Redonda - RJ
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Qui - 27/06/2013
Sol com muitas nuvens durante o dia. Períodos de nublado, com chuva a qualquer hora.
temperatura mínima: 16°C
temperatura máxima: 24°C
probabilidade de chuva: 80%
quantidade de chuva: 5mm
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Sex - 28/06/2013
Sol com muitas nuvens durante o dia. Períodos de nublado, com chuva a qualquer hora.
temperatura mínima: 16°C
temperatura máxima: 25°C
probabilidade de chuva: 80%
quantidade de chuva: 10mm
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Sáb - 29/06/2013
Sol com algumas nuvens. Não chove.
temperatura mínima: 15°C
temperatura máxima: 27°C
probabilidade de chuva: 0%
quantidade de chuva: 0mm
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Homem reconhece a própria mãe em assalto a banco e a entrega à polícia

Americano estava assistindo TV e viu imagens do assalto.
Dee Ann Sanders, de 53 anos, havia levado US$ 1 mil de agência.




Dee Ann Sanders foi reconhecida e levada à polícia pelo filho que a reconheceu na TV (Foto: Divulgação/Kent County Jail) 
Dee Ann Sanders foi reconhecida e levada à polícia
pelo filho que a reconheceu na TV

Um americano morador de Byron Township, no estado do Michigan (EUA), ligou para a polícia após reconhecer a própria mãe assaltando um banco em imagens liberadas pela polícia do condado de Kent.

O homem contou aos oficiais que estava em casa assistindo TV quando reconheceu Dee Ann Sanders, de 53 anos, enquanto roubava um banco. A mulher teria entrado na agência pedindo US$ 2.500 por meio de um bilhete, afirmando que a quantia seria "para seus filhos e netos". A mulher fugiu em seguida com pouco mais de US$ 1 mil.

A polícia foi atrás da senhora, utilizando as informações do filho, e prendeu Sanders, que confessou o crime. Ela foi acusada de assalto à banco e levada à cadeia do condado onde aguarda julgamento.