Ouça a Rádio Acesa FM ou click no icone!

Rádio Acesa Ao vivo

29 de abr. de 2014

Como uma mulher passou 9 meses escondendo a gravidez da internet

Por Redação Olhar Digital - em 28/04/2014

Um internauta em geral não consegue esconder informações importantes da internet. Casamento, mudança, gravidez... tudo acaba sendo descoberto uma hora ou outra, fazendo com que a pessoa se torne alvo de anunciantes. No caso de mulheres grávidas, um alvo disputadíssimo, porque essa pessoa passará nove meses fazendo grandes compras (muitas fraldas, muitas roupinhas etc.).

Uma professora assistente de sociologia na Universidade de Princeton comprovou a dificuldade que há em se manter no escuro quando o assunto é gravidez. Durante todo seu período gestacional ela fugiu, e com isso ganhou até atenção de autoridades, que suspeitaram de seu comportamento.

Janet Vertesi contou seu caso na sexta-feira, 25, em uma conferência em Nova York. "Minha história é sobre big data, mas de baixo para cima", comentou, durante a apresentação.

A primeira medida tomada por ela foi impedir qualquer menção à gravidez em redes sociais, uma das formas mais eficazes de se coletar informações. Amigos e familiares foram avisados sobre a novidade por telefone ou e-mail e já eram alertados sobre o veto ao Facebook. Ela até foi obrigada a excluir um tio que furou as regras.

Janet também passou os nove meses fazendo compras em dinheiro, impedindo que o banco ou a operadora do cartão de crédito ficassem sabendo. Quando queria comprar algo online, ela recorria a uma conta na Amazon vinculada a um e-mail hospedado num servidor pessoal e pedia para as entregas serem feitas em outro endereço, certificando-se de usar sempre cartões-presente da Amazon que ela comprava com dinheiro.

A maior parte da navegação na internet ela fez pelo Tor, browser que esconde os rastros do internauta (saiba mais). Só que toda essa movimentação anormal levantou suspeitas e, quando seu marido tentou comprar US$ 500 em cartões-presente com dinheiro para trocar em um carrinho, foi alertado de que a empresa que vendia os cartões era legalmente obrigada a notificar as autoridades por se tratar de uma operação excessiva.

A experiência de Janet deu certo, por mais que ela tenha se tornado, por algum tempo, potencialmente suspeita, mas nem todo mundo conseguiria fazer o mesmo. Basta lembrar o caso da Target: em 2012, a varejista norte-americana revelou como, a partir das compras realizadas pelas clientes, consegue descobrir se ela está grávida

Nenhum comentário:

Postar um comentário