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10 de abr. de 2013


Número de mortes em UTI é oito vezes maior que a média do hospital
Polícia Científica invetigou 346 prontuários do Hospital Evangélico.
Desses, 317 pacientes morreram no mesmo dia que receberam coquetel.

O número de mortes de pacientes da médica Virgínia Soares de Souza, que chefiava a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico de Curitiba era oito vezes maior que a de outros colegas. Os dados são de um relatório da Polícia Científica do Paraná, enviado ao Ministério Público.
O levantamento foi feito com base nos prontuários de 346 pacientes que receberam uma combinação entre dois medicamentos, um relaxante muscular e um anestésico. Desses, 317 morreram no mesmo dia da aplicação dos remédios Pavulon e Diprivan, ou seja, cerca de 90% dos pacientes. O número é bem maior que o dos colegas de Virgínia. Com eles, o índice de morte ficou em cerca de 13%.
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Para o Ministério Público, os números levantam suspeitas sobre essas mortes, mas ainda não podem ser considerados como provas. Contudo, essas 317 mortes devem ser investigadas.

O advogado de defesa da médica, Elias Mattar Assad, disse que o relatório não prova nada e que as acusações são infundadas.
Outras sete pessoas são acusadas pelo MP de envolvimento no caso. Virgínia ficou um mês detida e agora responde ao processo em liberdade, contudo, deve se apresentar mensalmente à Justiça. O MP entrou com um recurso solicitando que a médica seja novamente presa. Ela responde por homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha.
Na segunda-feira (1º), Virgínia esteve no 2º Tribunal do Júri para a primeira audiência do caso. Ela e os demais acusados no processo foram convocados para uma audiência com uma equipe técnica do judiciário. Nesta audiência, não são analisados aspectos do processo. Os técnicos questionam os acusados sobre assuntos particulares com o objetivo de traçar o perfil de cada um

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