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8 de mar. de 2013

Só 10% dos estudantes sabem matemática ao sair da escola

Relatório mostra baixo nível de aprendizagem no Ensino Médio

Fonte: O Globo (RJ)


Só um em cada dez Alunos do 3º ano do Ensino médio, ou seja, o último antes do ingresso na universidade, teve desempenho adequado em matemática em 2011. Relatório do Movimento Todos Pela Educação, divulgado ontem, revela que o percentual de 10,3% não só ficou muito abaixo da meta, de 19,6%, como piorou em relação aos 11% alcançados em 2009.
O resultado mostra estagnação no nível de aprendizagem dos estudantes do Ensino médio em matemática. O novo índice também é menor do que o de 2005, que foi de 11%.
- Isso é uma tristeza. Quer exclusão maior do que Aluno não saber o que deveria saber? Eles vão ter problemas com emprego e com continuidade do estudo no acesso ao Ensino superior. Ou seja, estamos fazendo um funil. Se o Aluno não aprende matemática, tem uma série de coisa que ele não vai fazer depois - afirma Katia Smole, doutora em Educação na área de matemática.
A situação no 9º ano do Ensino fundamental não é muito melhor: só 16,9% dos estudantes apresentaram nível de aprendizagem adequado em matemática, bem menos do que os 25,4% esperados.
O relatório "De olho nas metas" mostra também que o Brasil está a passos lentos no Ensino de língua portuguesa. O percentual de estudantes do 3º ano do Ensino médio que apresentaram aprendizado adequado da disciplina foi de 29,2%, abaixo da meta de 31%. Em relação ao Ensino fundamental, os percentuais registrados entre os Alunos do 5º ano e do 9º ano foram, respectivamente, de 40% e de 27%, ainda aquém da expectativa de 42,2% e 32%.
Em matemática, o quadro é um pouco melhor no início do Ensino fundamental. O percentual dos Alunos do 5º ano com nota adequada em matemática foi de 36,3%, índice superior à meta de de 35,4%.
O relatório também aponta grande variação no desempenho do Alunos por estado. Alagoas foi citado pela diretora-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, como exemplo de baixos indicadores. O estado tem o menor percentual de estudantes com desempenho adequado em português tanto no 3º ano do Ensino médio (empatado com o Maranhão), com 15,4%, quanto no 9º ano do Ensino fundamental, com 13,4%. Já a cidade de Itamarati, no Amazonas, teve 78% dos Alunos do 9º ano do Ensino fundamental com aprendizado adequado de matemática. O Todos Pela Educação pretende investigar as Escolas com bom desempenho para verificar se as experiências podem ser adotadas em outras regiões.
Os indicadores educacionais sobre o nível de aprendizagem adequado fazem parte de uma das cinco metas estabelecidas pelo Todos Pela Educação em 2006: toda criança e jovem de 4 a 17 anos na Escola; toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos; todo Aluno com aprendizado adequado ao seu ano; todo jovem com Ensino médio concluído até os 19 anos; e investimento em Educação ampliado.
As metas devem ser atingidas até 2022, ano do bicentenário da Independência do país, mas, para verificar se até lá os esforços estão surtindo efeito, o Todos Pela Educação (formado por Educadores, organizações sociais, pesquisadores, empresários e gestores públicos) criou metas anuais. O relatório é baseado em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação, e do IBGE.
Escolhida a meta número um pelo Todos Pela Educação, o acesso à Escola também ficou abaixo das expectativas. Em todo o país, a conclusão é que 92% das crianças e jovens de 4 a 17 anos estão estudando - a expectativa para 2011 era que 94,1% estivessem matriculados. O percentual indica que três milhões crianças e jovens estão fora da Escola no Brasil.
O Ministério da Educação (MEC) reconhece que há problemas no nível de aprendizado no Ensino médio. Medidas para reverter esse quadro estão sendo discutidas com as secretarias estaduais de Educação, segundo o ministério.

No Rio, 16,6% têm nível satisfatório na matéria
Somente 16,6% dos Alunos do Rio concluem o Ensino médio com aprendizado satisfatório em matemática, de acordo com a pesquisa do Todos Pela Educação divulgada ontem. Mesmo assim, esse número deixa o estado em primeiro lugar na comparação com as outras unidades da federação. O índice é superior à média nacional, mas abaixo da meta para o estado, que era de 20,4%. Em português, 38,1% dos estudantes fluminenses saem da Escola sabendo o esperado, superando a meta de 33,8%.

Quando se observa, separadamente, o desempenho das Escolas públicas nessa pesquisa, o resultado é pior: apenas 8,9% dos estudantes da rede estadual saíram de seus colégios com aprendizado satisfatório em matemática no ano de 2011. Em português, a situação é menos crítica: 28,9% se formaram no Ensino médio sabendo o adequado.
O mau desempenho em matemática aparece já nos resultados do 9º ano do Ensino fundamental da rede pública. Apenas 13,6% terminaram esta etapa sabendo o adequado, enquanto 25,1% atingiram as expectativas de aprendizagem em português. No 5º ano, 40,9% estavam no nível adequado em português e 38,2% tiveram o desempenho esperado em matemática.
Mesmo assim, a situação do Ensino médio público do Rio em matemática aparece em segundo lugar na comparação com outros estados do país. Só fica atrás de Minas Gerais, onde 9,7% dos estudantes saíram da Escola com aprendizado adequado. Mato Grosso do Sul lidera em português, com 32,3% de proficiência. Nessa disciplina, o Rio está em sexto.
O subsecretário de Gestão do Ensino da Secretaria estadual de Educação, Antonio Neto, avalia que o quadro da matemática é crítico em todo o país. Como medidas para combater o déficit de aprendizagem, ele destaca que o governo tem feito avaliações diagnósticas bimestrais. De acordo com Neto, a rede estadual também atua no combate ao abandono e à repetência, além de realizar aulas de reforço. Em 2010, 60 mil estudantes tinham aula de reforço. Hoje, são 160 mil, segundo o órgão, que planeja fechar 2013 com 260 mil.
- Identificamos as lacunas de aprendizagem dos Alunos e fizemos um material de reforço. Muitos estão desestimulados porque não conseguem aprender. Vamos avançar conforme o Ensino fundamental apresentar melhora de performance. O Rio apresentou a segunda maior evolução no Índice de Desenvolvimento de Educação básica (Ideb) no país, mas ainda estamos em patamares que não são os adequados - comenta Neto.
Para a secretária municipal de Educação, Claudia Costin, o Ensino de matemática é "o grande gargalo do Brasil". Em 2009, a secretaria fez uma parceria com a UFRJ para capacitar os Professores da disciplina. O órgão também aposta em aulas digitais criadas pelos próprios Docentes da rede.
-Tivemos um desempenho muito ruim na Prova Brasil de 2007. Avançamos, mas não dava para dar um salto tão grande. Essas crianças acumularam atrasos - diz Claudia.

"Não é motivo de celebração"
Em relação à edição anterior da pesquisa do Todos Pela Educação, o Ensino médio da rede pública do Rio subiu 3,9% no aprendizado satisfatório de matemática. Já em português, a melhora foi de 10,9%.

Segundo Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos Pela Educação, na análise geral dos dados, Escolas privadas de excelência puxaram o resultado para cima.
- O Rio vem melhorando acima da média nacional, mas é triste que o melhor desempenho do país em matemática seja 16,6%. É um patamar muito baixo, não é motivo de celebração - diz Priscila.

No Rio, 91% dos alunos deixam escola pública com aprendizado insatisfatório em matemática
penas 8,9% dos estudantes da rede pública do Estado do Rio deixaram as Escolas com aprendizado satisfatório em matemática no ano de 2011. Em português, a situação é um pouco melhor: 28,9% se formaram no Ensino médio sabendo o adequado. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira no relatório “De Olho nas Metas” do movimento Todos Pela Educação, que acompanha a aprendizagem desde 2005 com base nos resultados bienais de avaliações aplicadas pelo Ministério da Educação (MEC).O mau desempenho em matemática aparece já nos resultados do 9º ano do Ensino fundamental. Apenas 13,6% terminaram esta etapa sabendo o adequado, enquanto 25,1% atingiram as expectativas de aprendizagem em português.

No 5º ano, 40,9% estavam no nível adequado em português e 38,2% tiveram o desempenho esperado em Matemática.Mesmo assim, o desempenho dos Alunos da rede estadual do Rio em matemática aparece em segundo lugar na comparação com outros estados do país. Só fica atrás de Minas Gerais, onde 9,7% dos estudantes saíram da Escola com aprendizado adequado . O Mato Grosso do Sul lidera em português, com 32,3% de proficiência. Nesta disciplina, o Rio está em sexto lugar.
O subsecretário de Gestão do Ensino da Secretaria estadual de Educação, Antonio Neto, avalia que o quadro da matemática é crítico em todo o país. Como medidas para combater o déficit de aprendizagem, ele destaca que o governo tem feito avaliações diagnósticas bimestrais. De acordo com Neto, a rede estadual também atua no combate ao abandono e à repetência, além de realizar aulas de reforço. Em 2010, 60 mil estudantes tinham aula de reforço. Hoje, são 160 mil e a meta é chegar a 260 mil até o final do ano, segundo o órgão.— Identificamos as lacunas de aprendizagem dos Alunos e fizemos um material de reforço. Muitos estão desestimulados porque não conseguem aprender. Vamos avançar conforme o Ensino fundamental apresentar melhora de performance.
O Rio apresentou a segunda maior evolução no Índice de Desenvolvimento de Educação básica (Ideb) no país, mas ainda estamos em patamares que não são os adequados — comenta Neto.Para a secretária municipal de Educação, Claudia Costin, o Ensino de matemática é “o grande gargalo do Brasil”. Em 2009, a secretaria fez uma parceria com a UFRJ para capacitar os Professores da disciplina. O órgão também aposta em aulas digitais criadas pelos próprios Docentes da rede.— Tivemos um desempenho muito ruim na Prova Brasil de 2007. Avançamos, mas não dava para dar um salto tão grande. Essas crianças acumularam atrasos.
Quando a análise de dados considera os Alunos da rede estadual e das Escolas particulares, o desempenho do Ensino médio do estado do Rio é o melhor do Brasil. Em matemática, a porcentagem de Alunos com nível adequado chega a 16,6%. Em português, 38,1% saem da Escola sabendo o esperado. Segundo Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos Pela Educação, Escolas privadas de excelência puxaram o resultado para cima.— O Rio vem melhorando acima da média nacional, mas é triste que o melhor desempenho do país em matemática seja 16,6%. É um patamar muito baixo, não é motivo de celebração.
Em relação à edição anterior da pesquisa do Todos Pela Educação, o Ensino médio da rede pública do Rio subiu 3,9% no aprendizado satisfatório de matemática. Já em português, a melhora foi de 10,9%.

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