Brasil: 7ª economia do mundo, 15º mais violento…
O Banco Mundial, adotando nova metodologia, divulgou em 30/4/14 que o Brasil é a sétima economia do mundo. O estudo considerou o ano de 2011 assim como o critério de paridade de poder de compra (PPP, na sigla em inglês), que é a melhor maneira de comparar o tamanho de diferentes economias, por refletir com mais precisão o custo de vida. As dez maiores potências econômicas são (na ordem): Estados Unidos, China, Índia, Japão, Alemanha, Rússia, Brasil, França, Reino Unido e Indonésia (Fonte: Banco Mundial: http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2014/04/30/ranking-do-banco-mundial-traz-brasil-comoa7-maior-economia-do-mundo.htm).
Novidades e expectativas (no cenário econômico mundial): (1) a China (pela nova metodologia aplicada pelo Banco Mundial), em razão do seu acelerado crescimento, deve passar os EUA ainda este ano e vai se tornar a maior economia do mundo (repita-se: já em 2014) (entre 2005 e 2011, o PIB da China passou de 43,1% para 86,9% do PIB dos EUA); (2) a Índia passou da 10ª economia para o terceiro lugar (e desbancou o Japão, que foi para a quarta posição); (3) a Itália deixou o grupo “top ten”, tendo sido superada pela Indonésia.
Em 2005, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro equivalia a 12% do PIB norte-americano, segundo o relatório. Este número passou para 18% em 2011, considerando os novos critérios metodológicos. Com isso o Brasil assumiu a sétima posição na economia mundial. País rico, mas extremamente sanguinário, porque não promoveu a igualdade material, social e cultural, nem educou o seu povo adequadamente. Basta comparar os números do Brasil com os dos países “escandinavizados” (Noruega, Suécia, Islândia, Holanda, Coreia do Sul etc.) para se perceber o quanto ficamos para trás, o quanto erramos. Sem escolarização massiva de qualidade e sem aumento da renda per capita jamais seremos um país de primeiro mundo. Economia forte, assentada em pés de barro (povo analfabeto e inculto – ¾ são analfabetos funcionais, instituições fracas, altíssima concentração de renda, renda per capita ridícula – US$ 11 mil por ano – etc.).
A Revolução Francesa foi erigida sob a trilogia Liberdade, Igualdade e Fraternidade. A burguesia ascendente, neste momento (1789), assumiu também o poder político. Levou a sério a sua liberdade (antes sujeita às intempéries dos reis e do clero) assim como a igualdade formal (perante a lei). Nunca se preocupou adequadamente com a igualdade material, tampouco com a fraternidade. Esse é o grande mal até hoje do modelo econômico brasileiro. Ele explica porque somos o que somos (7ª economia do mundo e, ao mesmo tempo, 15º país mais violento do planeta, tem 16 das 50 cidades mais sanguinárias do mundo, 53 mil assassinatos por ano…).
Nenhum comentário:
Postar um comentário