Robocop mais resistente para enfrentar protestos
Estado abre licitação para comprar mil trajes antitumulto e trauma para garantir mais proteção aos policiais do Choque
Rio - O Estado vai investir R$ 3,7 milhões para o
Batalhão de Choque da Polícia Militar (BpChoque) se equipar melhor para
os protestos nos grandes eventos. Um edital de licitação será lançado
pelo governo para comprar mil trajes antitumulto e trauma. Na
justificativa da concorrência pública, é citado que a unidade policial
de elite “tem se deparado com diversas ocorrências de manifestações
civis” e que o uso dos kits antimotim “se traduz em menos traumas e
lesões nos policiais e nos manifestantes”.
A diferença dos novos trajes para os que já estão sendo usados nas ruas durante os protestos — que O DIA mostrou em março — é a melhor qualidade do material. Fora isso, a utilidade é a mesma. O capacete possui resistência à penetração de objetos pontiagudos e o protetor de mãos, a chamas de até 427 graus. Entre os itens especiais do traje, há ainda um sistema de hidratação, que é um espécie de garrafa com capacidade para armazenar dois litros de água, com tratamento antimicróbios e um canudo para sucção.
Copa das Confederações
Apesar dos episódios de manifestações e confrontos — alguns deles violentos — a Copa das Confederações foi considerada um sucesso pelo Ministério da Justiça. Em avaliação do evento divulgada ontem, a segurança foi avaliada de forma positiva pelos organizadores, especialistas internacionais e pessoas que participaram da competição.
Tanto que representantes do Qatar (país do Oriente Médio que vai sediar a Copa do Mundo de 2022), já afirmaram ao governo brasileiro que o modelo operacional usado aqui será referência para o evento naquele país.
Ainda segundo o Ministério da Justiça, o policiamento recebeu reforço de 30% nos locais de manifestação, mas não foram registrados incidentes que prejudicassem a Copa.
Sobre investimentos, foram anunciados R$ 1,17 bilhões na segurança pública do país. Só em equipamentos não letais e de controle de distúrbios, as cidades receberam R$ 50 milhões para a compra de balas de borracha, gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral. Durante a Copa, foram gastos mais R$ 8 milhões no reforço dos estoques.
Cada um dos mil trajes vem com 11
peças. A maioria delas, protetores para as partes do corpo — cabeça,
tronco, antebraço, joelho, mãos, rosto. Há ainda escudo e coldre para
pistola. No edital, está marcado para o próximo dia 11 a data do pregão
para a compra do material. O BPChoque é a principal tropa para conter os
tumultos nas manifestações, auxiliada pelas demais forças da PM. A
atuação da unidade chegou a ser questionada em vários momentos, como, no
último dia 16, quando foram lançadas bombas de efeito moral e gás
lacrimogêneo na Quinta da Boa Vista, em protesto próximo ao Maracanã.
HIDRATAÇÃO
O edital defende a compra citando que o estado
historicamente “é palco das principais manifestações políticas nacionais
e tem tradição em manifestações civis organizadas”. É mencionado ainda
que o Batalhão tem 1,2 mil homens e que, no último processo de
aquisição, foram adquiridas apenas 200 kits do chamando CDC — Controle
de Distúrbios Civis.A diferença dos novos trajes para os que já estão sendo usados nas ruas durante os protestos — que O DIA mostrou em março — é a melhor qualidade do material. Fora isso, a utilidade é a mesma. O capacete possui resistência à penetração de objetos pontiagudos e o protetor de mãos, a chamas de até 427 graus. Entre os itens especiais do traje, há ainda um sistema de hidratação, que é um espécie de garrafa com capacidade para armazenar dois litros de água, com tratamento antimicróbios e um canudo para sucção.
Copa das Confederações
Apesar dos episódios de manifestações e confrontos — alguns deles violentos — a Copa das Confederações foi considerada um sucesso pelo Ministério da Justiça. Em avaliação do evento divulgada ontem, a segurança foi avaliada de forma positiva pelos organizadores, especialistas internacionais e pessoas que participaram da competição.
Tanto que representantes do Qatar (país do Oriente Médio que vai sediar a Copa do Mundo de 2022), já afirmaram ao governo brasileiro que o modelo operacional usado aqui será referência para o evento naquele país.
Ainda segundo o Ministério da Justiça, o policiamento recebeu reforço de 30% nos locais de manifestação, mas não foram registrados incidentes que prejudicassem a Copa.
Sobre investimentos, foram anunciados R$ 1,17 bilhões na segurança pública do país. Só em equipamentos não letais e de controle de distúrbios, as cidades receberam R$ 50 milhões para a compra de balas de borracha, gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral. Durante a Copa, foram gastos mais R$ 8 milhões no reforço dos estoques.
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