Eletrônica
Pele eletrônica acende ao ser tocada
Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/07/2013
Quanto mais intensa é a pressão exercida sobre a pele eletrônica, mais intensa é a luz emitida. [Imagem: Ali Javey/Chuan Wang]
Talvez não fique com a sutileza dos personagens de Avatar, mas é justamente isso o que faz uma "pele eletrônica interativa" que acaba de ser criada: ela brilha ao toque.
Em 2010, uma equipe da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, criou uma pele eletrônica com potencial para ser usada em humanos e em robôs.
Agora eles deram uma capacidade de feedback visual à sua e-skin, que responde ao toque acendendo-se instantaneamente no local tocado. Quanto mais intensa é a pressão, mais intensa é a luz emitida.
Telas e monitores de saúde
Além de dar um sentido de tato mais fino aos robôs, os engenheiros acreditam que a nova tecnologia embutida na pele eletrônica poderá ser usada para criar papéis de parede que também funcionem como telas sensíveis ao toque (touchscreen) e painéis laminados que permitam aos motoristas ajustar os controles eletrônicos do carro apenas passando a mão sobre uma parte do painel.
"Eu também imagino uma bandagem de e-skin aplicada à pele [funcionando] como um monitor de saúde que verifica continuamente a pressão arterial e a pulsação," disse Chuan Wang, idealizador da pele luminosa.
Wang usou transistores de nanofios colados sobre um polímero transparente para criar a pele que acende.
Cada "pixel" da pele eletrônica contém um transístor de nanofio, um LED orgânico e um sensor de pressão - o protótipo da e-skin é uma matriz 16 x 16, somando 256 sensores-pixels.
"Ao contrário das telas sensíveis ao toque dos celulares, monitores de computador e máquinas de autoatendimento, a e-skin é flexível e pode ser facilmente laminada sobre qualquer superfície, diz Wang.
Cada
"pixel" da pele eletrônica contém um transístor de nanofio, um LED
orgânico e um sensor de pressão - o protótipo da e-skin é uma matriz 16 x
16, somando 256 sensores-pixels. [Imagem: Ali Javey/Chuan Wang]
Para fabricar uma pele eletrônica maleável, a equipe começou aplicando uma fina camada de polímero sobre uma pastilha de silício.
Quando a borracha endureceu, eles usaram as ferramentas tradicionais da indústria de semicondutores para criar a camada de componentes eletrônicos.
Toda a técnica fundamenta-se em semicondutores de cristal único, criados pela mesma equipe em 2009.
Com os componentes eletrônicos prontos, eles simplesmente destacaram o plástico da base de silício, ficando com uma película autoportante contendo uma rede de sensores incorporada.
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