Criança conta para enfermeira que foi queimada pelo pai após defecar no lugar errado
A tortura foi feita com água fervente; para a polícia, a madrasta acobertou o crime
    
Do R7, com Cidade Alerta Rio | 04/04/2013
Reprodução Rede Record
As pernas ficaram com ferimentos graves
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As queimaduras que levaram uma criança de quatro anos a ser internada em estado grave no hospital Pedro Segundo, na zona oeste do Rio, foram provocadas por água quente atirada pelo pai dela, conforme revelou a própria vítima em conversa com uma enfermeira. O motivo: a garota teria defecado em lugar errado. Os ferimentos se agravaram porque a vítima só foi levada a um posto médico três dias depois.
Moacir Laeck da Silva, de 26 anos, foi preso em flagrante por policiais da delegacia de Realenho (33ª DP) após denúncia anônima. No momento da captura, ele estava em uma clínica depois de, supostamente, ser agredido por vizinhos indignados.
Em entrevista à Rede Record, a enfermeira que conseguiu a confissão da criança contou detalhes do caso.
— Ela falou ‘o meu pai me queimou. Não c... no lugar certo e o meu pai me queimou. Eu estava sentada, meu pai pegou o balde, botou minhas pernas e tacou água’.
A madrasta da menina, Vera Lúcia de Castro, vai responder por omissão de socorro e, se condenada, pode pegar de dois a quatro anos de prisão. Ela explicou que demorou a levar a vítima a um posto médico porque não tinha dinheiro para pagar a passagem.
A mãe da menina está presa por tráfico de drogas. Moacir da Silva já havia sido indiciado em 2008 por torturar outro filho, que na época também tinha quatro anos.