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6 de mar. de 2013

Funcionalismo decide continuar com greve em Volta Redonda
   
Volta Redonda

Natacha Prado

Após a assembleia realizada na tarde de hoje (5), em frente à prefeitura, os professores da rede municipal de ensino e da Fevre (Fundação Educacional de Volta Redonda), acompanhados por grupos do funcionalismo público, decidiram que a greve irá continuar até o momento da apresentação do novo PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários). A decisão foi tomada, segundo os servidores, porque o prefeito Antônio Francisco Neto (PMDB) não apresentou a nova proposta à categoria.

Funcionários da Secretaria de Obras e da Garagem também aderiram ao movimento. Hoje, houve rumores de que grevistas teriam fechado a Secretaria de Obras com um cadeado para impedir a entrada de servidores que queriam trabalhar.

A diretora do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação), Isabel Fraga, porém, negou que essa fosse a intenção. Ela explicou como são realizadas as abordagens nas escolas e em frente à sede dos demais setores da prefeitura.

- Buscamos o funcionalismo porque a greve não é somente dos professores. Para unificar o movimento temos que lutar ao lado dos outros militantes. Chegamos cedo à Secretaria de Obras para conversar com os funcionários. O cadeado foi colocado no portão para que todos pudessem ouvir nossas propostas. A maioria não quis entrar para trabalhar - frisou.

Ela garantiu que não houve tumulto e que a intenção do movimento é conquistar os direitos de forma pacífica.

- Não somos a favor de agressões e confusões. Nossa intenção em todos os setores é explicar para os funcionários qual é a postura adotada nas greves. Todos devem estar cientes da responsabilidade que envolve um movimento com essas dimensões - pontuou.

Os grevistas, após o término da assembleia, seguiram em passeata pela Avenida Paulo de Frontin, retornando pela Avenida Lucas Evangelista em direção a Câmara Municipal, onde se reuniram para decidir novos posicionamentos. A ideia inicial era seguir em passeata até a Vila, porém a forte chuva atrapalhou a movimentação.

O movimento volta a se reunir amanhã, às 15h, na Biblioteca Municipal, na Vila Santa Cecília. Eles sairão em passeata para a prefeitura, onde irão realizar nova assembleia para decidir os rumos do movimento.

A prefeitura informou no fim da tarde de hoje que irá apresentar o plano amanhã, já que o planejamento estava sendo finalizado.

Sepe quer unificar movimento

A diretora do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação), Isabel Fraga, afirmou que os dias em greve foram utilizados para percorrer as unidades escolares, a fim de abordar os professores que ainda não estavam convencidos da importância da unificação do movimento.

- Acredito que toda a movimentação está apresentando resultados. Estamos acompanhando o andamento e sabemos que o pode público está se reunindo para divulgar um plano que atenda as necessidades. O sentimento é de indignação, já que estamos lutando para a incorporação de direitos que estão estabelecidos na constituição - explicou.

Ela lembrou que o apoio da comunidade escolar está sendo fundamental para o fortalecimento e continuidade do movimento em busca do PCCS.

- Os responsáveis estão colaborando com nossas ações. Eles sabem que esse é o início para a conquista de melhorias para as unidades escolares. Sabemos que os alunos estão perdendo ou recebendo o conteúdo parcialmente, porém esse é o momento para conquistarmos os resultados positivos - relatou.

Isabel completou que a greve foi à última opção escolhida pela categoria, já que os diretores dos sindicatos já haviam apresentado uma proposta para o município.

- Não estamos alienados. Existem estudos que apontam que a prefeitura arrecada dinheiro suficiente para oferecer os direitos ao funcionalismo público. Nossa intenção é ter a cada dois anos, a inserção de um percentual de aproximadamente 5% em cima do piso atual - acrescentou.

A diretora ainda disse que essa proposta iria comtemplar todo o funcionalismo, inclusive os grupos que estão aposentados.

- Em resposta, o prefeito apresentou um plano que incorporava direitos como triênio e abono de R$200. Existem benefícios que estão na constituição. Outros após cinco anos de recebimento devem ser incluídos no piso - argumento

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