DIARIO DO VALE!
Depois da tragédia ocorrida no último domingo em Santa Maria (RS), em que um incêndio matou 235 pessoas e deixou mais de 110 feridas, a fiscalização do Corpo de Bombeiros - com o apoio da Polícia Militar - interditou na noite de hoje (29) o pub Black Jack, no Aterrado, e a boate Oásis, no Belmonte.
O objetivo das ações visa evitar acidentes semelhantes, por meio da verificação periódica das condições estruturais e de segurança dos locais de diversão noturna do município.
Para complementar as atividades de fiscalização, foram reunidas pelo prefeito Antônio Francisco Neto equipes das secretarias de Meio Ambiente, Planejamento e Fazenda, além da Vigilância Sanitária, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.
Segundo o comandante do 22º Grupamento de Bombeiro Militar, tenente-coronel Rossini Albernaz Dias, as ações foram iniciadas para fornecer uma resposta rápida à população.
- Começamos com dois estabelecimentos, porém durante a semana vamos percorrer os restantes para verificar as condições estruturais - explicou.
Estabelecimentos
De acordo com o capitão bombeiro militar Renato Rieger, o Black Jack recebeu um auto de interdição, já que não possui as documentações necessárias para funcionamento - e, principalmente, saídas de emergência.
- A medida da largura da entrada e saída do estabelecimento é de 1,77 metros, e 1,10 metros para a saída interna. Estamos elaborando um relatório sobre as condições atuais dos estabelecimentos, e também verificando a inspeção do gás e as sinalizações de emergência - explicou.
Durante a inspeção do local, havia aproximadamente 30 pessoas na Black Jack, que tiveram que sair do estabelecimento para que fosse interditado.
Segundo o proprietário da boate, Fabrício Dias de Souza, após o acidente em Santa Maria diversas modificações começaram a ser realizadas pela administração.
- Estamos dispostos a atender todas as exigências dos órgãos de segurança. Essa preocupação com a segurança dos nossos clientes já existia, porém agora será intensificada. Hoje fiquei sabendo de informações que não conhecia, como a gravação em caso de tumulto ou acidente - explicou.
Ele ressaltou que o local sofreu com a queda parcial do teto recentemente, fato que fez o pub ficar aproximadamente 40 dias fechada.
- O responsável disse que poderíamos retirar uma parte, porém trocamos o teto inteiro. Nossa intenção é garantir a integridade física dos nossos clientes - disse.
Outra interdição
Já na Oásis, o motivo da interdição foi a falta de documentos para funcionamento, como o Alvará de Licença que credencia o estabelecimento para o recebimento do público. Segundo o capitão Anderson Cardoso, o local possui saídas de emergência, porém completa que o ideal seria a saída para a rua.
- O banheiro feminino possui saída de emergência. Uma das saídas possui 2,50 metros de largura. Estamos orientando os proprietários para regularizarem as documentações e o restante da edificação - disse.
De acordo com o major Mike Reis, até o carnaval o 22º GBM vai percorrer as boates da região, já que o grupamento atende municípios próximos.
Segundo um dos sócios do Oásis, Flávio dos Santos, foi necessária uma tragédia como a da cidade gaúcha para as pessoas se atentarem com as condições de segurança.
- Já estávamos nos adequando às exigências. Essa fiscalização do Corpo de Bombeiros colabora para a segurança dos nossos clientes, já que em um dia do fim de semana recebemos 500 pessoas - completou.
Intensificação
De acordo com o comandante do CBA Sul III (Comando de Bombeiro de Área), coronel César Nicolau Melhem, o Corpo de Bombeiros já realizava vistorias periódicas em prédios residenciais e ambientes de diversão.
- Nossas ações serão intensificadas, porém é importante informar que o nosso comprometimento em garantir a segurança da população já era constante. Após a tragédia é natural que a sociedade necessite de uma resposta imediata - explicou.
Ele contou que os bombeiros dividem as vistorias em dois tipos, sendo uma delas as realizadas em estruturas físicas de prédios, condomínios e residências.
- Além disso, os estabelecimentos comerciais também passam pela nossa inspeção. Verificamos em todos os casos a presença de extintores de incêndio, mangueiras e sprinklers. Esses equipamentos integram o sistema preventivo contra problemas com incêndio - frisou.
O outro tipo de vistoria diz respeito ao certificado de registro anual, que é realizado somente em lugares que reúnem público como cinemas, teatros, estádio de futebol e boates.
- Nesse caso verificamos as áreas de escape, a sinalização noturna e de emergência, além das portas de saída em caso de acidentes. Só realizamos a interdição quando as duas avalições da estrutura e do certificado não atendem nossas exigências - acrescentou.
Ele completou que nos casos de invalidez do certificado, o Corpo de Bombeiros autua e multa o estabelecimento. Além disso, o coronel conta que é oferecido um prazo de 15 a 30 dias para o proprietário regularizar a situação do estabelecimento.
- Nosso objetivo não é causar aborrecimentos. Vamos optar em realizar as atividades de fiscalização durante o dia, para que nenhum tumulto seja registrado no local. Vamos trabalhar para garantir a diversão da população - explicou.
Segundo o coronel, o CBA III responde por 15 municípios - além de Volta Redonda - e vai iniciar amanhã (30) as fiscalizações em outras cidades.
- Os certificados de registro possuem duração de um ano e são emitidos pela prefeitura e Bombeiros. Vale explicar que cada estado possui um Código de Segurança, e nossa realidade não explica o que aconteceu em Santa Maria - ressaltou.
- Não sei como são os artigos do código do Rio Grande do Sul, porém posso afirmar que esse estabelecimento não seria liberado para funcionamento com base no nosso Código, já que cada um metro de largura da porta corresponde a 100 pessoas - concluiu.
Ele pediu para que a população contribua com sua própria segurança e com o trabalho dos órgãos de segurança.
- As pessoas podem ligar para o 193 e denunciar as irregularidades nas casas noturnas da região. O interessante é que o trabalho seja em conjunto - concluiu.
Depois da tragédia ocorrida no último domingo em Santa Maria (RS), em que um incêndio matou 235 pessoas e deixou mais de 110 feridas, a fiscalização do Corpo de Bombeiros - com o apoio da Polícia Militar - interditou na noite de hoje (29) o pub Black Jack, no Aterrado, e a boate Oásis, no Belmonte.
O objetivo das ações visa evitar acidentes semelhantes, por meio da verificação periódica das condições estruturais e de segurança dos locais de diversão noturna do município.
Para complementar as atividades de fiscalização, foram reunidas pelo prefeito Antônio Francisco Neto equipes das secretarias de Meio Ambiente, Planejamento e Fazenda, além da Vigilância Sanitária, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.
Segundo o comandante do 22º Grupamento de Bombeiro Militar, tenente-coronel Rossini Albernaz Dias, as ações foram iniciadas para fornecer uma resposta rápida à população.
- Começamos com dois estabelecimentos, porém durante a semana vamos percorrer os restantes para verificar as condições estruturais - explicou.
Estabelecimentos
De acordo com o capitão bombeiro militar Renato Rieger, o Black Jack recebeu um auto de interdição, já que não possui as documentações necessárias para funcionamento - e, principalmente, saídas de emergência.
- A medida da largura da entrada e saída do estabelecimento é de 1,77 metros, e 1,10 metros para a saída interna. Estamos elaborando um relatório sobre as condições atuais dos estabelecimentos, e também verificando a inspeção do gás e as sinalizações de emergência - explicou.
Durante a inspeção do local, havia aproximadamente 30 pessoas na Black Jack, que tiveram que sair do estabelecimento para que fosse interditado.
Segundo o proprietário da boate, Fabrício Dias de Souza, após o acidente em Santa Maria diversas modificações começaram a ser realizadas pela administração.
- Estamos dispostos a atender todas as exigências dos órgãos de segurança. Essa preocupação com a segurança dos nossos clientes já existia, porém agora será intensificada. Hoje fiquei sabendo de informações que não conhecia, como a gravação em caso de tumulto ou acidente - explicou.
Ele ressaltou que o local sofreu com a queda parcial do teto recentemente, fato que fez o pub ficar aproximadamente 40 dias fechada.
- O responsável disse que poderíamos retirar uma parte, porém trocamos o teto inteiro. Nossa intenção é garantir a integridade física dos nossos clientes - disse.
Outra interdição
Já na Oásis, o motivo da interdição foi a falta de documentos para funcionamento, como o Alvará de Licença que credencia o estabelecimento para o recebimento do público. Segundo o capitão Anderson Cardoso, o local possui saídas de emergência, porém completa que o ideal seria a saída para a rua.
- O banheiro feminino possui saída de emergência. Uma das saídas possui 2,50 metros de largura. Estamos orientando os proprietários para regularizarem as documentações e o restante da edificação - disse.
De acordo com o major Mike Reis, até o carnaval o 22º GBM vai percorrer as boates da região, já que o grupamento atende municípios próximos.
Segundo um dos sócios do Oásis, Flávio dos Santos, foi necessária uma tragédia como a da cidade gaúcha para as pessoas se atentarem com as condições de segurança.
- Já estávamos nos adequando às exigências. Essa fiscalização do Corpo de Bombeiros colabora para a segurança dos nossos clientes, já que em um dia do fim de semana recebemos 500 pessoas - completou.
Intensificação
De acordo com o comandante do CBA Sul III (Comando de Bombeiro de Área), coronel César Nicolau Melhem, o Corpo de Bombeiros já realizava vistorias periódicas em prédios residenciais e ambientes de diversão.
- Nossas ações serão intensificadas, porém é importante informar que o nosso comprometimento em garantir a segurança da população já era constante. Após a tragédia é natural que a sociedade necessite de uma resposta imediata - explicou.
Ele contou que os bombeiros dividem as vistorias em dois tipos, sendo uma delas as realizadas em estruturas físicas de prédios, condomínios e residências.
- Além disso, os estabelecimentos comerciais também passam pela nossa inspeção. Verificamos em todos os casos a presença de extintores de incêndio, mangueiras e sprinklers. Esses equipamentos integram o sistema preventivo contra problemas com incêndio - frisou.
O outro tipo de vistoria diz respeito ao certificado de registro anual, que é realizado somente em lugares que reúnem público como cinemas, teatros, estádio de futebol e boates.
- Nesse caso verificamos as áreas de escape, a sinalização noturna e de emergência, além das portas de saída em caso de acidentes. Só realizamos a interdição quando as duas avalições da estrutura e do certificado não atendem nossas exigências - acrescentou.
Ele completou que nos casos de invalidez do certificado, o Corpo de Bombeiros autua e multa o estabelecimento. Além disso, o coronel conta que é oferecido um prazo de 15 a 30 dias para o proprietário regularizar a situação do estabelecimento.
- Nosso objetivo não é causar aborrecimentos. Vamos optar em realizar as atividades de fiscalização durante o dia, para que nenhum tumulto seja registrado no local. Vamos trabalhar para garantir a diversão da população - explicou.
Segundo o coronel, o CBA III responde por 15 municípios - além de Volta Redonda - e vai iniciar amanhã (30) as fiscalizações em outras cidades.
- Os certificados de registro possuem duração de um ano e são emitidos pela prefeitura e Bombeiros. Vale explicar que cada estado possui um Código de Segurança, e nossa realidade não explica o que aconteceu em Santa Maria - ressaltou.
- Não sei como são os artigos do código do Rio Grande do Sul, porém posso afirmar que esse estabelecimento não seria liberado para funcionamento com base no nosso Código, já que cada um metro de largura da porta corresponde a 100 pessoas - concluiu.
Ele pediu para que a população contribua com sua própria segurança e com o trabalho dos órgãos de segurança.
- As pessoas podem ligar para o 193 e denunciar as irregularidades nas casas noturnas da região. O interessante é que o trabalho seja em conjunto - concluiu.
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