Volta Redonda de cofres vazios
Pela primeira vez, nos três mandatos que Antônio Francisco Neto já cumpriu, a prefeitura de Volta Redonda chega ao final do ano com dificuldades de pagar seus servidores e fornecedores. Na quinta-feira (6), na sua entrevista semanal ao Programa Dário de Paula, na Rádio 88 FM, o prefeito – reeleito este ano para mais um mandato – admitiu que o cofre do Palácio 17 de Julho está vazio. Disse que os secretários já foram informados que só receberão os salários de dezembro em janeiro. E, ao FOCO REGIONAL, ele admitiu que o atraso poderá atingir servidores com salários mais altos, mas não falou em patamares. Ou seja, não está descartado um escalonamento para pagar os que ganham mais:
- Estamos tentando contornar a situação, mas não está fácil – declarou Neto, depois de garantir que o pagamento do 13º salário será feito até a data-limite, no próximo dia 20. Já em relação ao salário de dezembro, que a prefeitura teria de depositar até o próximo dia 28 (último dia útil do ano), o quadro era extremamente incerto até o final da semana passada. O município tem uma folha mensal, incluindo ativos e inativos, de R$ 28 milhões, referente a 14 mil pessoas, informou o chefe do Executivo.
Segundo Neto, a situação financeira de Volta Redonda entrou em estado crítico com a queda de R$ 50 milhões na arrecadação de ICMS e também com o bloqueio de R$ 7 milhões pela Justiça para pagar dívidas com empresas. Uma delas é a Censo, que fazia coleta de lixo no governo Wanildo de Carvalho, há cerca de 20 anos. Também há bloqueios em favor da CSN e do Hospital Santa Margarida. "Estamos tentando desbloquear este dinheiro, afinal são empresas que também devem ao município", lamentou Neto. "Além disso, a cidade não suporta uma perda de R$ 50 milhões de receita", acrescentou.
Sem esconder a preocupação, o prefeito disse que a expectativa para 2013 não é nada otimista, uma vez que não há indicadores apontando uma recuperação. "O quadro é extremamente preocupante", definiu. Embora seja obrigação, é claro, Neto sempre fez questão de o pagamento do funcionalismo ser feito rigorosamente em dia, o que até então jamais deixou de acontecer. De acordo com ele, entretanto, desta vez o quadro só não está pior porque a Secretaria de Fazenda veio tomando medidas para evitar um desastre total no fim do ano. Em Angra dos Reis, por exemplo, a prefeitura não tem previsão de pagamento do 13º salário e do mês de dezembro.
Numa tentativa de fazer caixa, Volta Redonda lançou na semana passada um programa que oferece descontos de 100% de juros de mora, de multa e de honorários advocatícios para quem está inscrito na Dívida Ativa. O problema é que não se tem sequer uma estimativa de quanto de receita a medida poderá gerar.
Neto, que no atual mandato veio concedendo reajustes anuais aos servidores, informou ao FOCO REGIONAL que, como pretende apresentar o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) até janeiro do próximo ano, não está previsto nenhum reajuste no começo de 2013. Ele acredita que o plano vai promover reajustes nos vencimentos e espera que o documento seja colocado em prática ainda no primeiro trimestre do próximo ano.
- Nós conhecemos a realidade financeira de Volta Redonda e, por isso, durante a campanha eleitoral, me posicionei contra a proposta de instituir a passagem a R$ 1,00. Não poderia prometer algo que financeiramente não teria condições de cumprir. Ninguém teria, senão tirando verbas de áreas essenciais, que causariam grandes prejuízos à sociedade – recordou o prefeito sobre um dos principais temas da disputa pelo Palácio 17 de Julho na última eleição. Neto, não é de hoje, vem alertando que, sem a ajuda dos governos estadual e federal, a cidade se torna ingovernável financeiramente: "Quando se melhora a prestação de serviços, construindo ou ampliando uma escola, um posto de saúde, também requer pessoal para trabalhar, o que reflete nas despesas. Se a arrecadação não acompanha, o problema se instala ".
Pela primeira vez, nos três mandatos que Antônio Francisco Neto já cumpriu, a prefeitura de Volta Redonda chega ao final do ano com dificuldades de pagar seus servidores e fornecedores. Na quinta-feira (6), na sua entrevista semanal ao Programa Dário de Paula, na Rádio 88 FM, o prefeito – reeleito este ano para mais um mandato – admitiu que o cofre do Palácio 17 de Julho está vazio. Disse que os secretários já foram informados que só receberão os salários de dezembro em janeiro. E, ao FOCO REGIONAL, ele admitiu que o atraso poderá atingir servidores com salários mais altos, mas não falou em patamares. Ou seja, não está descartado um escalonamento para pagar os que ganham mais:
- Estamos tentando contornar a situação, mas não está fácil – declarou Neto, depois de garantir que o pagamento do 13º salário será feito até a data-limite, no próximo dia 20. Já em relação ao salário de dezembro, que a prefeitura teria de depositar até o próximo dia 28 (último dia útil do ano), o quadro era extremamente incerto até o final da semana passada. O município tem uma folha mensal, incluindo ativos e inativos, de R$ 28 milhões, referente a 14 mil pessoas, informou o chefe do Executivo.
Segundo Neto, a situação financeira de Volta Redonda entrou em estado crítico com a queda de R$ 50 milhões na arrecadação de ICMS e também com o bloqueio de R$ 7 milhões pela Justiça para pagar dívidas com empresas. Uma delas é a Censo, que fazia coleta de lixo no governo Wanildo de Carvalho, há cerca de 20 anos. Também há bloqueios em favor da CSN e do Hospital Santa Margarida. "Estamos tentando desbloquear este dinheiro, afinal são empresas que também devem ao município", lamentou Neto. "Além disso, a cidade não suporta uma perda de R$ 50 milhões de receita", acrescentou.
Sem esconder a preocupação, o prefeito disse que a expectativa para 2013 não é nada otimista, uma vez que não há indicadores apontando uma recuperação. "O quadro é extremamente preocupante", definiu. Embora seja obrigação, é claro, Neto sempre fez questão de o pagamento do funcionalismo ser feito rigorosamente em dia, o que até então jamais deixou de acontecer. De acordo com ele, entretanto, desta vez o quadro só não está pior porque a Secretaria de Fazenda veio tomando medidas para evitar um desastre total no fim do ano. Em Angra dos Reis, por exemplo, a prefeitura não tem previsão de pagamento do 13º salário e do mês de dezembro.
Numa tentativa de fazer caixa, Volta Redonda lançou na semana passada um programa que oferece descontos de 100% de juros de mora, de multa e de honorários advocatícios para quem está inscrito na Dívida Ativa. O problema é que não se tem sequer uma estimativa de quanto de receita a medida poderá gerar.
Neto, que no atual mandato veio concedendo reajustes anuais aos servidores, informou ao FOCO REGIONAL que, como pretende apresentar o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) até janeiro do próximo ano, não está previsto nenhum reajuste no começo de 2013. Ele acredita que o plano vai promover reajustes nos vencimentos e espera que o documento seja colocado em prática ainda no primeiro trimestre do próximo ano.
- Nós conhecemos a realidade financeira de Volta Redonda e, por isso, durante a campanha eleitoral, me posicionei contra a proposta de instituir a passagem a R$ 1,00. Não poderia prometer algo que financeiramente não teria condições de cumprir. Ninguém teria, senão tirando verbas de áreas essenciais, que causariam grandes prejuízos à sociedade – recordou o prefeito sobre um dos principais temas da disputa pelo Palácio 17 de Julho na última eleição. Neto, não é de hoje, vem alertando que, sem a ajuda dos governos estadual e federal, a cidade se torna ingovernável financeiramente: "Quando se melhora a prestação de serviços, construindo ou ampliando uma escola, um posto de saúde, também requer pessoal para trabalhar, o que reflete nas despesas. Se a arrecadação não acompanha, o problema se instala ".
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