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19 de dez. de 2012

"No desespero eu mordi", diz garota de programa que escapou de estuprador após dar dentada em seu pênis

Vítima conta que foi submetida a sessão de tortura que durou pelo menos 4 horas
Do R7, com Rede Record | 19/12/2012 às 02h00 | Atualizado em: 19/12/2012 às 09h53
Rede Record
agressor
Gilmar será indiciado por estupro, constrangimento e roubo
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A garota de programa que conseguiu fugir de um estuprador após morder o órgão sexual dele explicou na Delegacia de Seropédica (48ª DP) que ficou desesperada com a sessão de espancamento a que foi submetida, por isso deu uma dentada em seu pênis para conseguir escapar.
— No desespero eu mordi. Ele me dava socos na cara e caí no chão. Ele conseguiu pegar a arma e começamos uma luta no meio do mato.
Segundo a vítima, foram pelo menos quatro horas de espancamento. Ela conta que fazia programa às margens da rodovia Presidente Dutra, em Seropédica, na Baixada Fluminense, quando ele apareceu.
— Ele parou e minha colega me mandou ir falar com ele. Ele perguntou quanto era o programa e respondi que era R$ 30 para fazer um programa ali mesmo. Ele me ofereceu R$ 100 para ir a um motel  e eu aceitei.
Em vez de motel, a vítima foi levada de carro até um matagal no alto de um morro. No local, ela foi amarrada e violentada. Para fugir da sessão de tortura, a mulher começou a agredir o estuprador e mordeu o pênis dele.
O suspeito, Gilmar Inácio de Oliveira, de 39 anos, foi hospitalizado e teve que levar pontos na genitália. Ele será indiciado por estupro, constrangimento e roubo.
De acordo com o delegado Júlio César Vasconcelos, antes de confessar o crime, Oliveira alegou que tinha sido mordido por um cachorro.
— Durante todo esse tempo de polícia, a gente acha que já viu de tudo, mas a cada dia a gente se espanta com o que acontece.
Após confessar o crime, Oliveira contou que foi dominado pela vítima.
— Ela me dominou, me jogou no chão e falou que eu ia pagar por bem ou por mal.
Traumatizada, a garota de programa diz que não pretende mais se prostituir. Em janeiro ela começa um trabalho com carteira assinada e espera um dia conseguir esquecer os momentos de pânico que passou nas mãos do agressor.
— Meu desejo é que ele fique preso pelo resto da vida dele. Peço para que outras vítimas venham até a delegacia para que ele fique o máximo de tempo na cadeia.

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