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28 de set. de 2012

Vinho é bom negócio para Companhias Aéreas

O serviço de vinhos dentro de aviões vem se tornando uma importante complementação no caixa das companhias aéreas. As grandes empresas do setor já contam com seus próprios sommeliers ou consultores para montar a cada seis meses ou um ano a carta de vinhos que será oferecida a bordo, principalmente de voos internacionais ou nas classes executiva e primeira. As quantidades compradas aumentaram substancialmente nos últimos anos, e companhias como a United Airlines chegam a vender milhões de garrafas por ano. Mas escolher os vinhos que estarão na carta dos aviões não é uma tarefa muito fácil, pois é comprovado que quando estamos em altitudes elevadas dentro de um avião, com o corpo se adaptando a pressurização e ao ar condicionado, perde-se por volta de 30% de nossas percepções de gostos e aromas. Portanto, vinhos mais delicados podem sofrer um julgamento errôneo se provados dentro de um avião. Entretanto, muitas vinícolas usam este meio com uma forma válida de divulgação de seus vinhos.

Efeitos do aquecimento do planeta preocupam pesquisadores

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Navarra, na Espanha, encabeçados pela pesquisadora Carolina Salazar, estudou os possíveis efeitos que as recentes mudanças climáticas podem causar nas vinhas, especialmente nos vinhedos de Tempranillo, atualmente a casta mais difundida no país. O estudo analisou três fatores climáticos e suas influências nas videiras: o aumento de CO2 na atmosfera, o aumento global de temperaturas e a diminuição da água necessária para a vinha formar folhas e frutos saudáveis, de boa qualidade. Entre os resultados obtidos, os pesquisadores indicam que a seca é muito prejudicial para a vinha, e junto com os elevados índices de temperaturas e CO2 registrados recentemente, eles podem prejudicar todo o processo de floração, causar oxidação prematura das plantas e adiantar muito o amadurecimento dos bagos.

China passa a ser o maior importador de vinho brasileiro

As exportações do setor vinícola brasileiro passam por um momento muito bom e de grande otimismo para com o futuro. O Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), órgão responsável por promover e gerenciar a imagem do vinho brasileiro, divulgou há poucos dias que as exportações aumentaram 86% no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. O que mais surpreende é o ranking dos países que mais compraram vinho do Brasil nesse primeiro semestre com a ascensão ao primeiro lugar da China. Os chineses terminaram o ano passado como o segundo maior destino das exportações brasileiras de vinhos, e o total de US$ 405 mil de janeiro a junho deste ano já supera o valor total exportado do ano passado inteiro. China, Reino Unido, Rússia, Holanda e França, respectivamente, compõem os cinco principais destinos dos vinhos brasileiros que são exportados atualmente.

Continua polêmica na classificação dos vinhos de St Emilion

Duas edições atrás, informamos sobre a divulgação da nova classificação dos châteaux de Saint Emilion, na França, e todo o histórico da confusão ocorrida em 2006 durante a reavaliação da classificação, onde muitos produtores não aceitaram suas posições e reivindicaram revisão dos critérios, o que só foi realizado durante este ano. Pois bem, uma semana após o lançamento da nova classificação, muitos produtores já começaram a reclamar e pedir sua anulação por não concordarem com o método de julgamento utilizado e nem com as conclusões contraditórias, segundo eles. Inclusive, o Château Croque Michotte estuda entrar com representação contra o INAO (Institut National des Appellations d'Origine). Algumas vinícolas rebaixadas temem sentir efeitos nas vendas e sofrer uma queda considerável no faturamento. Os organizadores se defendem explicando que todos os vinhos foram analisados sob condições iguais, e que os châteaux que se sentirem prejudicados podem se defender, valendo-se de argumentos sólidos para tentar receber pontos que foram perdidos durante a avaliação.

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