Briga em Champagne
Champagne está passando por tempos atribulados. Grande parte da safra a ser colhida este ano foi prejudicada pelas fortes chuvas e geadas que ocorreram na região, impedindo o correto processo de floração e amadurecimento nas vinhas, e por conta disso, muitos produtores terão que utilizar seus estoques de vinhos de reserva para manter o nível de produtos. Além da recente disputa envolvendo Bruno Paillard e os direitos do formato da nova garrafa utilizada pela Bollinger em seus champagnes, agora, os novos desafetos são a Moët Hennessy e a Armand De Brignac. A filial americana do grupo Moët, detentor das marcas de champagne Krug, Dom Pérignon, Veuve Clicquot e Moët & Chandon, entrou com uma representação no tribunal de Manhattan contra uma propaganda da Maison Armand De Brignac em que afirmam ser “o champagne número um do mundo”. A alegação admite que apenas em 2010 o champagne Brut Gold NV, da Armand de Brignac, conhecido como “Ás de Espadas”, foi eleito o melhor do mundo, fato que não se repetiu em outros anos. Com isso eles estariam lucrando com propaganda enganosa, ferindo o consumidor e gerando competição desleal.Novo champagne de James Bond
Continuando em Champagne e tentando sair um pouco destes momentos de turbulência mais recentes na região, a Maison Bollinger anunciou a que vai comercializar um champagne especial em comemoração aos 50 anos do eterno espião britânico, James Bond. A edição limitada do espumante La Grande Année 2002 terá uma tiragem de apenas 30 mil garrafas e serão lançadas em outubro próximo, junto com o novo filme do 007, intitulado “Skyfall”. Além do rótulo temático, o champagne vem em uma caixa com formato de silenciador de armas. Em 2012, a Bollinger comemora 39 anos de parceria nos filmes de James Bond, em que o personagem aparece bebendo a marca em mais da metade dos filmes. Essa garrafa comemorativa deve chegar ao mercado com preço ao redor de US$ 210.Chineses agora estão de olho na Borgonha
A venda do Château mais representativo de Gevrey-Chambertin, prestigiada região da Borgonha na França, não agradou à associação dos produtores locais. O castelo, incluindo alguns vinhedos que fazem parte da propriedade e que produziam um dos vinhos que Napoleão Bonaparte costumava beber, foi comprado por um asiático, mais especificamente um magnata de Macau, por pouco mais de 8 milhões de euros. A associação dos produtores da região, presidida por Jean-Michel Guillon, era contra a venda do castelo, mas não conseguiram cobrir a proposta. A revolta dos produtores locais se dá porque essa é a primeira propriedade da região a ser vendida para um não francês, situação mais corriqueira em Bordeaux por exemplo, onde mais de 20 châteaux já pertencem aos asiáticos. Os produtores tem medo das investidas estrangeiras na Borgonha, e temem que daqui a alguns anos, se o governo não tomar medidas contra, a região não seja mais dominada pelos borgonheses.Rosés da Provence em alta
Alguns produtores da Provence, na
França, estão preocupados com o futuro da qualidade dos grandes vinhos
rosés lá produzidos por causa da atitude de algumas vinícolas que visam
mais o lucro do que a qualidade de seus produtos. Várias safras estão
sendo engarrafadas mais cedo para que possam entrar no mercado o quanto
antes e gerar lucro o mais rápido possível, já que há demanda, sobretudo
nos Estados Unidos. As exportações evoluíram incríveis 62% em volume e
quase 50% em preço na comparação entre 2011 e o ano anterior, dando
continuidade a uma sequência de 8 anos de crescimento. Teme-se que a
imagem dos rosés da Provence comece a ser manchada por vinhos de
qualidade duvidosa como aconteceu com os Beaujolais Nouveau - vinhos
engarrafados mais cedo para vender mais rápido, com uma boa estratégia
de marketing e qualidade suspeita – que mancharam seriamente a reputação
nos grandes Crus de Beaujolais, situação que está sendo difícil de
reverter.
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