Vespas são benéficas à produção de vinho

Poderiam as vespas ser um fator importante na produção de vinhos? É o que Duccio Cavalieri, pesquisador da Universidade de Florença, na Itália, e pertencente a uma família de vinicultores da Toscana, pesquisou, graças a uma curiosidade dos tempos de criança. A elevada concentração de vespas e abelhas, em especial no verão, sempre foi motivo de preocupação para os vinhateiros, mas de acordo com esse estudo, a presença das vespas é positiva podendo, inclusive, ser um dos fatores que colaboram na composição do terroir da região. A pesquisa revela que os insetos têm capacidade de armazenar no estômago a levedura Saccharomyces cerevisiae, que é transmitida para as uvas maduras quando as vespas mordem os frutos, dando início a uma pré-fermentação das uvas, auxiliando no processo de produção de vinhos típicos da região.

Vinhedo de 200 anos vira Monumento Histórico na França

A região de Gers no sudeste da França não é tão famosa por seus vinhos quanto é pela produção de foie gras, mas acaba de ganhar reconhecimento por conta de alguns vinhedos. Após meses de estudos e análises numa propriedade, constatou-se que uma das parcelas é formada por vinhas com cerca de 200 anos de idade, e está nas mãos da mesma família há oito gerações. As parreiras foram plantadas por volta de 1812, conseguindo resistir à filoxera, uma praga que devastou os vinhedos da Europa em meados do séc.XIX, devido ao solo arenoso. A área de apenas 0,2 hectares (dois mil metros quadrados) comporta 20 tipos diferentes de uvas e são os primeiros “seres vivos” a ganhar o status de monumento histórico no país. Apesar do grande valor cultural, não há maior interesse do ponto de vista financeiro, já que não produzem vinhos de grande qualidade.

Espumantes brasileiros em alta

Apesar do recente entrave causado pela Salvaguarda nos diversos setores envolvidos no universo do vinho aqui no Brasil, algumas vinícolas estão apostando forte em um modo alternativo, e muito válido, para combater a hegemonia dos vinhos importados no país. É sabido que o potencial brasileiro para a produção de espumantes é muito forte e, calcados nesse preceito, os produtores brasileiros estão investindo cada vez mais, e com valores mais altos, na elaboração de espumantes. O brasileiro consome apenas 2 litros per capita de vinho, sendo mais de 70% importado. Porém, no que se refere a espumantes, 70% da bebida comercializada aqui é nacional, com projeção de crescimento contínuo nos próximos anos. Hoje em dia os espumantes representam uma fatia considerável da receita das principais vinícolas do país, que, por isso, concentram seus esforços cada vez mais nesse nicho do mercado.

Austrália garante bons vinhos 2012

Quem pretende comprar vinhos europeus da safra 2012, cumprindo o costume de estocar garrafas destinadas a futuras comemorações especiais, como data de casamento e de nascimento, as expectativas não são das melhores devido às dificuldades climáticas que impediram boa floração e amadurecimento das uvas. A vindima está bem atrasada e talvez ainda seja possível, se o tempo colaborar, um resultado menos catastrófico, mas já se sabe que, em muitas regiões, a colheita deverá ser muito pequena. De qualquer forma, na mão esses interessados não vão ficar: na Austrália, cuja colheita (como em todo o hemisfério sul) terminou em meados de abril, os produtores já estão certos de que esta será uma das melhores safras dos últimos 20 anos, e prometem ótimos vinhos. Até mesmo produtores das áreas mais quentes do país, como McLaren Valley e Barossa Valley, estão confiantes de que produzirão excelentes vinhos.