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22 de ago. de 2012

Avô suspeito de abusar da neta
 Publicação: segunda-feira, 20 de agosto de 2012


Preso no dia 7 deste mês como assassino confesso do pintor Mauro César Soares Moreira, de 37 anos, o aposentado Augustinho Vicente Carvalho, de 66, deu pelo menos quatro versões à polícia para justificar o crime, ocorrido no bairro Casa de Pedra, como informou o FOCO REGIONAL  na edição 583. Uma delas foi de que Mauro César teria tentado estuprar uma de suas netas. Pois quem responde a um inquérito de estupro de vulnerável na Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) é justamente o aposentado. A vítima é neta dele, tem 6 anos de idade e estaria traumatizada, segundo informou uma tia da criança em entrevista exclusiva ao jornal.
A denúncia contra Augustinho foi feita na Deam em maio deste ano e o inquérito já foi encaminhado à Justiça, aguardando apenas dois laudos – de lesão corporal e estupro – para que seja pedida renovação de prazo a fim de que seja concluído com a denúncia do suspeito. No boletim registrado na delegacia especializada, a vítima relatou que o aposentado abaixava sua calcinha, colocava o pênis para fora da calça e dizia para ela: "O piu-piu do vovô vai chorar". Segundo a tia, que aceitou falar sob condição de não ter o nome divulgado, a denúncia à Deam foi feita depois que outro neto de Augustinho, de 12 anos de idade, teria surpreendido, pela segunda vez, o avô deitado em cima da menina.
- Ele é frio, calculista e violento. Todo mundo no bairro sabe que ele abusou também das próprias filhas, mas tem medo dele – diz a mulher. Quanto a estas afirmações, no entanto, não há registros na Deam de Volta Redonda. A tia da menor supostamente vítima dos abusos garante que a filha mais velha de Augustinho não fala com ele, o que teria sido motivado por seu comportamento.
Segundo a tia, a criança contou ao pai – que é filho de Augustinho – que estava sendo abusada pelo avô, mas ele não acreditou. "O pai disse que era mentira da menina e não tomou nenhuma providência", disse a mulher. A mãe da suposta vítima já não morava com o sogro no bairro Casa de Pedra, tendo saído de lá porque Augustinho teria condicionado sua permanência lá desde que fizesse sexo também com ele. "Ele é muito sem vergonha. Eu o conheço há 12 anos, mas sempre evitei ir à casa dele sozinho, porque ele assediava mesmo", acrescentou a mulher.
Segundo ela, os supostos abusos cometidos pelo avô ocorreram na Casa de Pedra, mas a menina já morava com a mãe no Conforto, pois ela já havia se separado do filho de Augustinho. "Tudo que (a menina) disse pra gente, ela confirmou na delegacia palavra por palavra. O irmão dela também confirmou na Deam que por duas vezes viu Augustinho em cima da neta. Ele ejaculava em cima da criança", prosseguiu a tia, revelando que, na Deam, foi recomendado que a menina recebesse assistência de um psicólogo. "Ela é uma criança que não ri", diz a tia, revoltada: "Se ele tivesse ficado preso não teria matado o Mauro".
A mesma mulher disse ainda ao FOCO REGIONAL que Augustinho costumava se vangloriar de ter matado uma mulher em Minas Gerais. Ela, no entanto, acrescentou que não sabe se a história é verdadeira e em que cidade o fato teria acontecido. "Mas que ele tinha arma em casa, isso tinha. Eu mesmo vi uma vez ele limpando um revólver", prosseguiu. Ao ser preso, o aposentado alegou que a arma com a qual atirou em Mauro era da vítima, mas que tinha conseguido tomar a arma dele e atirado para se defender.
- Certa vez Augustinho levou um tiro no pé, quando trabalhava como vigia. Ele mesmo retirou a bala, para que você tenha uma ideia como ele é – afirmou ainda a tia da criança.
Segundo ela, Mauro e a ex-nora de Augustinho tinham ficado noivos dois dias antes de ele ser assassinado. Os dois já tinham mantido um relacionamento antes de a mulher passar a viver com o filho de Augustinho, com quem teve três dos cinco filhos. Os outros dois eram do pintor. "O Mauro ia assumir os filhos do outro e eles pretendiam se casar, pois tinham reatado recentemente", finalizou a mulher. Augustinho está recolhido na Casa de Custódia de Volta Redonda, no bairro Roma.
Folha do Aço
Augustinho: Quem é suspeito de estupro é ele e não a vítima que acusou depois de matar

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