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4 de jul. de 2012

A décima edição da Flip

A Flip abre amanhã sua décima edição, homenageando os 110 anos de nascimento de Drummond e recebendo autores que foram destaque ao longo de suas edições anteriores. É uma boa hora para constatar os efeitos do evento no cenário cultural nacional como um catalisador de um momento bastante positivo para atividade literária no Brasil.

A décima edição da Flip II

Tomando a lista de autores que virão ao país, a coluna destaca obras relevantes de alguns destes participantes, o que possibilita a quem não estiver em Paraty conhecê-los em sua melhor forma: a partir de suas obras. O espanhol Enrique Vila Matas, de passagem marcante pelo evento em 2005, retorna. Do amplo conjunto de sua produção, lançada no Brasil pela Cosac Naify, a coluna sugere como porta de entrada "Paris não tem fim", obra em que Vila Matas conta o início de sua carreira em Paris, vivendo num quarto alugado no apartamento de Marguerite Duras. Outro que volta é o inglês Ian McEwan, um dos principais autores da língua inglesa na atualidade. Os livros de McEwan são obsessivamente pesquisados, repletos de tramas intrincadas, que renderam diversas adaptações cinematográficas. O belíssimo "Reparação" é um deles, em que um erro de julgamento de uma adolescente tem impacto definitivo sobre uma série de pessoas próximas.

A décima edição da Flip III

Dois dos autores americanos de maior destaque nos últimos anos estarão em Paraty pela primeira vez. Jonathan Franzen, apontado por diversas publicações como o escritor mais importante do país na atualidade, autor de "Liberdade" e do recém-lançado volume de ensaios "Como ficar sozinho". E Jennifer Egan, de quem a coluna já tratou, autora do excelente "A visita cruel do tempo". Outra mesa de destaque é a que une dois dos maiores especialistas em Shakespeare na atualidade: James Shapiro, autor de "1599, um ano na vida de Shakespeare", que situa a importância fundamental deste ano na vida do dramaturgo, e Stephen Greenblatt que conta em seu "Como Shakespeare se tornou Shakespeare", com imensa riqueza de detalhes, a trajetória de consolidação do bardo.

Na voz do poeta

Ouvir o poema da boca do poeta é artigo raro e luxuoso. Estão lá o acento, a articulação e intenções que muitas vezes passam despercebidas e que acabam realçadas pelo autor. A gravadora Luz da Cidade se especializou no ofício. E entre os poetas que nos legaram suas vozes para que possamos ouvi-los em casa está Ferreira Gullar, que lança hoje, em São Paulo, uma seleta de 29 de seus poemas lidos em própria voz, um bálsamo para nos manter apartados do ruído das metrópoles. (No link abaixo você tem o serviço do lançamento).
Acesse o link


Livro do mês - Julho

O livro do mês do Clube do Livro em julho é "Claro enigma", do homenageado da Flip Carlos Drummond de Andrade. A coletânea de poemas lançada em 1951 é um marco na trajetória do poeta que se abre a questões metafísicas, a uma reflexão existencial e a uma articulação do verso que se choca em princípio com os ideais modernistas. Os escritos trazem ainda aquele que é considerado por diversos especialistas não só o poema mais importante de Drummond, mas talvez o melhor poema brasileiro do século XX, o impressionante "A máquina do mundo".

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