Carrão de Thor dificulta conclusão da perícia
Instituto de Criminalística pede ajuda à montadora de McLaren do filho de Eike Batista para desvendar velocidade no atropelamento. Ciclista estava na pista
POR Maria Inez Magalhaes
Rio -
Mais de um mês após o atropelamento e morte do ciclista Wanderson Pereira dos Santos, 30 anos, na Avenida
Washington Luís, altura de Xerém, em Duque de Caxias, peritos do
Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) esperam informações da
montadora Mercedes Benz que possam indicar a velocidade a que o filho de
Eike Batista, Thor, dirigia seu Mercedes McLaren na hora do acidente.
O laudo ainda não está pronto porque os especialistas nunca analisaram
um carrão como o dele, que é muito baixo, à semelhança de um veículo
de Fórmula-1. Dessa forma, não têm conhecimento técnico suficiente para
avaliar como o possante se comporta e determinar a velocidade a partir
do impacto da batida.
O que a perícia já conseguiu concluir é que Wanderson não estava no acostamento quando foi atropelado. Pela posição do carro e local onde o corpo foi encontrado, os peritos atestaram que o veículo estava ou na faixa da direita ou na faixa central da rodovia.
SEM MARCA DE FREIO
A velocidade máxima permitida na via é de 110 km/h. Embora a freada pudesse, em tese, apontar a quanto vinha Thor, o carro dele tem sistema de freios ABS, que não deixa marcas no asfalto, inviabilizando a conclusão.
Essa resposta poderá vir da montadora do veículo. Os peritos querem
saber se, pelo impacto do corpo da vítima no carro, é possível afirmar a
quantos quilômetros por hora Thor dirigia.
Empurrando bicicleta com lata na mão
Pela análise do ICCE, a vítima do atropelamento estava atravessando a pista e poderia não estar montada na bicicleta, mas sim, empurrando-a, por não ter condições de pedalar. Exame do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que ele havia ingerido bebida alcoólica antes do acidente.
Além disso, no para-brisa do carro de Thor, foi encontrada lata de cerveja e sacola plástica, o que indicaria que a vítima estaria carregando a bebida.
Detran: 40 pontos na carteira
O acidente ocorreu no dia 17 do mês passado, à noite, na altura do Km 101 da BR-040, que liga o Rio a Juiz de Fora (MG), em Xerém, Caxias. Thor voltava de Itaipava, dirigindo o Mercedes McLaren, apesar de ter 40 pontos na carteira e nove multas, como O DIA mostrou em 19 de março. Na época, o Detran-RJ informou que abriu procedimento para apurar o caso. O órgão disse que não dá informações sobre processos de motoristas.
Carrão ficou com o vidro quebrado após acidente | Foto: Reprodução Internet
O que a perícia já conseguiu concluir é que Wanderson não estava no acostamento quando foi atropelado. Pela posição do carro e local onde o corpo foi encontrado, os peritos atestaram que o veículo estava ou na faixa da direita ou na faixa central da rodovia.
SEM MARCA DE FREIO
A velocidade máxima permitida na via é de 110 km/h. Embora a freada pudesse, em tese, apontar a quanto vinha Thor, o carro dele tem sistema de freios ABS, que não deixa marcas no asfalto, inviabilizando a conclusão.
Thor disse que está convicto de sua inocência após depoimento à polícia | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Empurrando bicicleta com lata na mão
Pela análise do ICCE, a vítima do atropelamento estava atravessando a pista e poderia não estar montada na bicicleta, mas sim, empurrando-a, por não ter condições de pedalar. Exame do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que ele havia ingerido bebida alcoólica antes do acidente.
Além disso, no para-brisa do carro de Thor, foi encontrada lata de cerveja e sacola plástica, o que indicaria que a vítima estaria carregando a bebida.
Detran: 40 pontos na carteira
O acidente ocorreu no dia 17 do mês passado, à noite, na altura do Km 101 da BR-040, que liga o Rio a Juiz de Fora (MG), em Xerém, Caxias. Thor voltava de Itaipava, dirigindo o Mercedes McLaren, apesar de ter 40 pontos na carteira e nove multas, como O DIA mostrou em 19 de março. Na época, o Detran-RJ informou que abriu procedimento para apurar o caso. O órgão disse que não dá informações sobre processos de motoristas.
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