Malick prepara dois novos filmes, "Lawless" e "Knight of Cups"
Natalie Portman estava afastada do cinema desde junho de 2011, quando nasceu seu primeiro filho. Poucos meses antes todos a viram na premiação da Academia ainda barrigudinha, quando ela faturou o Oscar de melhor atriz por "Cisne Negro". Terrence Malick permaneceu longe das telas por mais tempo. Foram seis anos entre "O Novo Mundo" e "A Árvore da Vida", trabalho que lhe valeu este ano uma indicação para o Oscar de direção. Malick parece que não pretende ficar tanto tempo parado dessa vez e já anunciou dois novos trabalhos, ambos estrelados por Natalie Portman, que volta ao batente. A atriz estará em "Lawless" ao lado de Ryan Gosling, Christian Bale, Cate Blanchett, Rooney Mara e Haley Bennett, além de "Knight of Cups", que também conta com Bale, Blanchett e Bennett, além de Isabel Lucas. Como é de hábito, Malick mantém segredo sobre as tramas de "Lawless" e "Knight of Cups". Este último começa a ser rodado no meio deste ano, enquanto "Lawless" deve ter início no último trimestre. Ambos, portanto, não têm previsão de lançamento. Mas até que esses projetos estejam prontos, Malick ainda tem dois outros filmes para lançar: um, ainda sem título definido (é chamado apenas de "Untitled Terrence Malick Project"), é uma ficção em processo de finalização que traz no elenco Ben Affleck, Rachel McAdams, Javier Bardem e Olga Kurylenko; o outro se chama "Voyage of Time", em pós-produção, que vem a ser um documentário em IMAX utilizando-se do material científico sobre o cosmo visto em "A Árvore da Vida".John Williams, o maestro e compositor de trilhas inesquecíveis
São 80 anos de vida completados no último dia 8 de fevereiro e mais de 60 anos de carreira, que somam aproximadamente uns 300 trabalhos no cinema e televisão. Este é o versátil John Williams, certamente um dos mais brilhantes compositores de trilha sonora de todos os tempos, que começou ainda bem jovem em 1952, como pianista de jazz em clubes de Nova York. O maestro Williams festeja seu aniversário este ano com duas indicações para o Oscar de Melhor Trilha Sonora: por "As Aventuras de Tintim: O Segredo do Licorne" e "Cavalo de Guerra", ambos dirigidos por Steven Spielberg. Para Spielberg, aliás - parceiro de longa data -, Williams compôs as trilhas premiadas de "Tubarão" (1975), "E.T. - O Extraterrestre" (1982) e "A Lista de Schindler" (1993), entre outras. Mas o compositor ajudou a eternizar mais de uma dezena de filmes com as músicas de "Superman", as séries "Indiana Jones" e "Star Wars", além das trilhas de produções mais recentes como "Harry Potter". Sua invejável criatividade e talento lhe garantiram 47 indicações ao Oscar, das quais venceu em cinco oportunidades.Stallone e Schwarzenegger juntos em "The Tomb"
Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger serão vistos em breve em "Os Mercenários 2", certo? Certo e ainda vem mais por aí. Tão logo se encerraram as filmagens de "Os Mercenários 2", ambos os astros decidiram correr para um hospital com o mesmo objetivo: realizar uma cirurgia no ombro. Stallone e Schwarzenegger até posaram para fotografias juntos no hospital, quando aproveitaram para confirmar que voltarão a trabalhar lado a lado no filme de ação e suspense "The Tomb". A história, que tem roteiro assinado por Miles Chapman, é sobre um especialista em segurança de presídios (Stallone) que deverá escapar de uma prisão projetada por ele mesmo. Mas para tal empreitada ele contará com a ajuda de um prisioneiro (Schwarzenegger) famoso pela sua capacidade de unir os detentos. Financiado pela produtora Emmett/Furla Films, as filmagens de "The Tomb" devem começar já no segundo trimestre de 2012, no estado da Louisiana. A direção ficará sob as mãos do sueco Mikael Hafstrom, o mesmo que dirigiu "O Ritual" (2011).Berlim 2012 apresenta cinco produções brasileiras
Começou ontem (9/2) o 62º Festival de Berlim, que prossegue até 19 de fevereiro. O mais importante festival de cinema da Alemanha abriu oficialmente sua edição 2012 com a exibição de "Les Adieux à La Reine", do diretor francês Benoit Jacquot. O filme mostra a evolução da Revolução Francesa pela ótica de uma das amas de Maria Antonieta, responsável por ler livros para a rainha. São centenas de filmes na programação, mas apenas 11 disputam o Urso de Ouro na Mostra Competitiva: "White Deer Plain", de Wang Quan'an; "Aujourd'hui" (França/ Senegal), de Alain Gomis; "Barbara" (Alemanha), de Christian Petzold; "Cesare Deve Morire" (Itália), de Paolo e Vittorio Taviani; "Gnade" (Alemanha/ Noruega), de Matthias Glasner; "Jayne Mansfield's Car" (Rússia/ EUA), de Billy Bob Thornton; "L'enfant d'en Haut" (Suíça/ França), de Ursula Meier; "Metéora" (Alemanha/ Grécia), de Spiros Stathoulopoulos; "Tabu" (Portugal/ Alemanha/ Brasil/ França), de Miguel Gomes; "Csak a Szél" (Hungria/ Alemanha/ França), de Benedek Fliegauf; e "Was Bleibt" (Alemanha), de Hans-Christian Schmid. A mostra Panorama, a mais importante paralela do evento, vai contar este ano com a participação de cinco produções brasileiras, entre elas "Xingu", de Cao Hamburger, sobre as aventuras dos irmãos Villas-Boas em território indígena, e o documentário "Olhe Para Mim de Novo", de Kiko Goifman e Cláudia Priscilla, sobre identidade sexual. Entre os curtas nacionais se destacam "Licuri Surf", de Guile Martins, e "L", de Thais Fujinaga."O Artista" leva espectador ao mundo do cinema mudo
Em 1952, Stanley Donen e Gene Kelly realizaram o clássico "Cantando na Chuva". A história apresentava uma Hollywood em transformação, quando um estúdio decidia fazer sua primeira produção sonora estrelada por Don Lockwood (Gene Kelly) e Lina Lamont (Jean Hagen), então o casal celebridade do cinema mudo. A ideia é um musical. O problema é que além de não saber cantar, Lina Lamont tem uma voz horrível. Surge a estreante Kathy Selden (Debbie Reynolds), por quem Lockwood se apaixona imediatamente. Entre brigas e discussões, a jovem Selden leva a melhor. Com a trama passada em 1927 - ano do lançamento de "O Cantor de Jazz", o primeiro filme falado da história - "Cantando na Chuva" faz uma sátira com a própria Hollywood e é considerado um dos maiores musicais de todos os tempos. Já em 2011 o francês Michel Hazanavicius fez "O Artista", que chega hoje às telas brasileiras depois de ter caído nas graças do público, da crítica e da Academia - são 10 indicações ao Oscar, incluindo melhor filme, roteiro, direção e ator. "O Artista" conta a história de George Valentin (Jean Dujardin), astro do cinema mudo que entra em depressão e mergulha no alcoolismo diante da ascensão dos filmes sonoros. No entanto, encorajado por sua amante - Peppy Miller (Bérénice Bejo), uma jovem dançarina e aspirante a atriz que começa a fazer sucesso na nova indústria "falada" -, o ator decide voltar a atuar, mas agora como dançarino. "Cantando na Chuva" e "O Artista" pintam o mesmo cenário, o da revolução do som no início dos anos 1930 que modificou para sempre a indústria hollywoodiana. Mas enquanto o filme de Stanley Donen e Gene Kelly era de um belo colorido, com muita música e muitos (e afiados) diálogos, Michel Hazanavicius foi mais audacioso ao recriar a estética do cinema mudo. Aliás, o filme é mudo e em preto-e-branco. São detalhes que certamente irão afastar parte do público, mas quem se arriscar definitivamente não vai se arrepender. Trata-se de um filme belo, comovente e grande homenagem ao cinema.
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