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22 de dez. de 2011

Fim de ano

Qual a alegria do fim de ano? A ceia certamente é uma delas, quem sabe o centro das atenções, pelo menos dos responsáveis por ela. Os produtores e distribuidores de vinho estão bem conscientes da importância da temporada. Quem vendeu bem até agora vendeu pouco em termos relativos. Já se vendeu bem mais no passado. O vinho, estranhamente, ficou identificado com artigo de luxo, o que não era comum na Europa. No Reino Unido, uma ceia de Natal não existe sem vinho, assim como uma ceia de réveillon não fica bem sem o espumante. Nisso os comerciantes apostam. Chegou a hora.

Chablis de volta

Talvez este Express tenha sido duro com alguns chablis distribuídos no Rio, em São Paulo, Belo Horizonte e Blumenau. Mas é assim em outras partes do mundo. Os chablis anteriores a 2007 são abaunilhados, ficam muito tempo em madeira e perdem a sua característica mais importante, a mineralidade. Tudo mudou a partir de 2009, porém. Os produtores da regiã0 - uma denominação abastardada e muito abusada ao longo do tempo - se deram conta de que o chablis pode ser a estrela da festa. Os nomes, além dos caríssimos Dauvissat e Daguenau, são La Chablisienne, Billaud - Simon (este, um especialista), Droin e Duroup. Há outros artesanais, fico devendo.

Bordeaux 04

Falei de mineralidade acima. O que me faz lembar a característica dos bordeuax de antigamente, o sal. Eles não eram salgados, atenção. Mas tinham um gosto da terra, que partia mais em direção ao sal, ao mineral, do que ao doce, ao caramelo, à baunilha. Provei agora umas garrafas do Grand Puy Lacoste e do seu segundo vinho, o Lacoste-Borie 04. Diante da madeirada que se fez desde então, essa é uma safra não valorizada e os pecados da madeira não aparecem. E, melhor, uma boa relação qualidade-preço. Bordeuax, os bordeuaxm, médios, vão acordar um dia para o consumidor que não é rico. Não pode ficar com essa marca de hoje.

A loja da esquina

Existem em Paris, Londres, Nova York, mesmo em Madri encontrei. E em São Paulo, certamente. O apreciador de vinhos é uma minoria. Estamos no tempo das mionorias e elas são assistidas, onde quer que seja, por uma rede do mesmo clube. Aqui em Londres chego pela internet a mais de 14 importadoras que me enviam tudo o que acontece e as incríveis reduções de preço antes do Natal. Mas a loja da esquina tem seu charme. É perto, não depende de etrtega demorada e tem sempre um vinho para o almoço - e quem sabe, num dia de festa, um para o jantar...

Rosado na festa

Os rosados, quem diria, são vinhos da festa. A diferença em preço para um espumante branco, mesmo os safrados, chega a 25 por cento. Ninguém poderia supor, há 20 anos, que eles ganhassem esses titulos de nobreza. Na origem, lá pelos anos do inicio do século 20, os rosados eram o vinho do pecado, sobretudo os espumantes. Eram o vinho que os maridos levavam para as amantes, para a festa nos reservados dos restaurantes, para os hotéis de luxo e luxúria. Talvez pela história e por serem difíceis de fazer, eles tenham chegado ao preço que ostentam. Em matéria de ostentação, aliás, nada melhor que um safrado rosé. Krug, por que não?

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