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6 de nov. de 2011

O 13º salário geralmente é esperado pelas pessoas para que possam, além de montar suas festas de fim de ano, comprar os presentes típicos de Natal. Mas há quem espere que a "verba extra" seja uma oportunidade para sair do vermelho.
Segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), devem ser injetados na economia brasileira cerca de R$ 118 bilhões. A expectativa de economistas é que mais de 70% deste valor seja empregado no comércio, mas é nesta época do ano que se percebe também que muitas pessoas procuram retomar seu crédito no mercado.
Segundo a mestre em economia Lucimeire Cordeiro da Silva, o dinheiro do 13º salário deve ser pensado como algo pontual e não uma bonificação para que se gaste mais ou além da conta.
- O cidadão precisa entender, primeiramente, que aquele dinheiro não é algo que vai perdurar, então não se pode gastar por conta deste valor. O ideal é não extrapolar e economizar nos presentes - disse.
Segundo ela, o indicado é separar uma parte do dinheiro para se gastar no fim de ano com os presentes e ceias, mas não se deve comprar além do que se pode pagar à vista.
- Não estou dizendo que o dinheiro não pode ser gasto com presentes, mas que eles (presentes) sejam lembranças e não uma dívida que perdure. Hoje há opções de presentes para vários bolsos. Pagar à vista é o ideal, e quando não se tem muito dinheiro os artesanatos podem ser opção, já que agradam e são de baixo custo - orientou.
Para a administradora financeira, o 13º deve ser gasto com moderação e parte dele deve ser aplicado em investimentos seguros e que garantam tranquilidade.
- Logo no início do ano o brasileiro tem uma grande quantidade de impostos e dívidas que não tem como protelar o pagamento. Afinal, é o IPTU, IPVA, escola e material escolar. Um equilíbrio agora com o recebimento do 13º salário poderá garantir um aperto menor no início de 2012. Investir ao menos a metade do que se receber em poupança é uma atitude racional - avaliou.
Renegociar as dívidas pode ser oportunidade para quem está apertado
Outra questão levada em conta pela mestre em Economia é que o consumidor deve pensar em entrar o próximo ano com menos aperto - mesmo que não vá conseguir receber o suficiente para pagar as dívidas antigas. Ela disse que o valor recebido no 13º salário pode e deve ser aplicado para redução dos débitos, o que poderá garantir ao devedor uma baixa nos juros.
- O que acontece é que muitas pessoas, sabendo que não vão conseguir pagar o que estavam devendo, gastam ainda mais com o dinheiro que recebem, um engano terrível. Se o cidadão só tem parte do que deve, ele pode procurar o banco e fazer uma proposta de pagamento, assim pode garantir o renegociamento da dívida com juros menores. As instituições financeiras estão propensas às negociações, pois também é vantagem para elas - explicou.
O carpinteiro Ricardo Oliveira disse que pretende se precaver, e já tem planos para o que fará com R$ 50 dos R$ 1,5 mil que deve receber.
- Quero guardar a metade para que no próximo ano consiga pagar o IPVA do meu carro mais tranquilo. Tenho uma dívida pequena com o banco e acho que, se conseguir pagar as parcelas de uma vez, terei um desconto e ainda garanto a ceia farta de Natal - comentou.
Reprodução
Blanc destaca que 13º pode ser usado pelo devedor para quitar ou renegociar pendências

Renegociando: Blanc destaca que 13º pode ser usado pelo devedor para quitar ou renegociar pendências
Descontos em dívidas podem chegar a 90% O gerente regional de Pessoa Física da Caixa Econômica Federal, Thiago Blanc, espera um aumento significativo na procura de renegociamentos de dívidas. Segundo ele, muitos bancos abrem negociações especiais por saberem que o décimo-terceiro salário é uma oportunidade para muitos findarem seus débitos.
- Sem dúvida é um período excelente, e muitos agentes bancários conseguem dar descontos de até 90% nos débitos. Quem tem problemas para conseguir pagar o que deve tem agora no fim do ano um momento propício para conseguir se estabilizar e entrar o ano com tranquilidade - pontuou.
Blanc lembra que é de grande interesse de todos os bancos que os clientes paguem suas dívidas e, portanto, uma boa entrada pode facilitar uma negociação.
- Em qualquer banco há possibilidade de renegociamento de dívidas. O momento é propício para tentativas - disse.
Ele finalizou dizendo que a poupança continua sendo um bom negócio - assim como outros fundos de investimento para quem não tem dívidas e ainda pretende poupar algum dinheiro.
- A oportunidade de poupar um dinheiro extraordinário é a chance que muitas pessoas têm de se reservar e guardar um valor que pode ser útil no futuro.  A poupança continua sendo uma boa oportunidade para quem prefere se prevenir - avaliou.
 

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