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Acesso mais seguros nos ônibus
 Publicação: segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A Câmara de Volta Redonda aprovou um projeto de lei do vereador Carlos Roberto Paiva (PT) que pode resultar que, se vier a ser adotada pela prefeitura, poderá resultar em mais segurança para idosos, portadores de necessidades especiais e crianças na hora de subir e descer dos ônibus. O projeto é simples: estabelece que a altura das calçadas nos pontos de ônibus deverá ser equivalente ao primeiro degrau dos veículos.

"A gente quer amenizar o esforço destas pessoas e uma das formas é ter esta plataforma bem próxima dos degraus", explicou Paiva. "Muitas vezes não se percebe isso, mas o esforço maior não é para subir nos ônibus e, sim, descer. A descida é muito perigosa. As pessoas descem o primeiro, o segundo degrau do ônibus e têm a expectativa que o próximo passo será equivalente ao degrau do ônibus. E às vezes há um desnível de 50, 60 centímetros. E isso ajuda a cair".

Paiva disse que decidiu apresentar o projeto ao perceber este risco e também por ter recebido este tipo de reclamação no projeto que desenvolve de gabinete itinerante. "O que mais me chamou a atenção foi no gabinete itinerante que fizemos no bairro Santo Agostinho. Acredito que o Executivo vai sancionar a lei. Em alguns pontos, a plataforma precisará ser elevada em forma de rampa, para não prejudicar as calçadas", observou o vereador.

Ele lembrou ainda que haverá casos excepcionais onde a medida não poderá ser aplicada, como nos pontos de ônibus em locais onde há casas em nível abaixo das calçadas. "Mas será uma forma de padronizar os pontos de ônibus, dando mais segurança e conforto aos usuários do transporte coletivo", destacou Paiva, admitindo que não tem ideia de quantas paradas de ônibus existem na cidade.

- Não pensamos em termos quantitativo, mas qualitativo. É uma ação que considero necessária dentro deste processo de garantir a mobilidade urbana. Vimos que existe receita para isso no orçamento de 2011 e na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). É preciso ressaltar ainda que quem fazia calçadas era a Secretaria de Obras, a partir de projetos do IPPU (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano), e que quem cuida do transporte público é a Suser (Superintendência de Serviços Rodoviários). E não havia comunicação entre o órgãos projetista e executor e a Suser, que representa os usuários. Agora estamos vendo que algumas calçadas são elaboradas pela Suser, como na (Avenida) Sete de Setembro (no Aterrado) – acrescentou o autor do projeto.

Na opinião de Paiva, a importância da medida que propõe será reconhecida pela Suser. "Este projeto teve sua essência e motivação em Volta Redonda, não pesquisei se outro município tem legislação idêntica", afirmou o parlamentar