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14 de nov. de 2012


Volta Redonda
Um problema constante no comércio da região há alguns anos tem sido a falta de mão de obra qualificada. Para o CDL-VR (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Volta Redonda) esse é um dos motivos pelos quais comerciantes do Sul Fluminense devem contratar menos funcionários temporários este ano, em relação ao ano passado.
Segundo o presidente da CDL de Volta Redonda, César Abrantes, o mercado está aquecido, no entanto, o comércio sofre com a falta de mão de obra.
- Hoje o que acontece é que está faltando mão de obra, o mercado está bem aquecido, mas faltam pessoas. O comércio é um pouco mais puxado, em questão de horário que é mais estendido, principalmente nessa época de fim de ano. E, hoje as pessoas procuram onde se trabalhe menos, e que possam aproveitar os sábados, domingos, feriados e momentos de lazer com a família - afirmou.
- Quem entra no comércio são as pessoas que já trabalham e têm experiência de anos e também as que começam como aprendiz, ou no primeiro emprego. Depois disso, acabam seguindo o fluxo e indo para outro emprego. Essa mão de obra escassa está sendo vivida pelo comércio há algum tempo - completou.
Abrantes ainda reforçou que o momento tem feito os lojistas buscarem soluções para driblar a situação.
- Com a falta de mão de obra, os lojistas estão criando situações para manter o funcionário motivado. Estão dando um plus no salário, pagando um pouco mais, compensando com horários diferenciados, como por exemplo, o funcionário entra mais tarde em dias normais, mas nos de maior pico ficam até mais tarde, e, assim fazendo com que os funcionários fiquem um pouco mais - revelou.
Apesar das circunstâncias, a expectativa para vendas é positiva, segundo Abrantes. E os lojistas esperam que o volume de vendas tenha um crescimento de 5% a 6%.
- A nossa expectativa para esse ano é que haja um crescimento em vendas até idêntico ao do ano passado, que foi muito bom. Em torno de 5% e 6% - finalizou.
Menos temporários este ano
Uma pesquisa feita entre os dias 1º e 11 de outubro com 2.167 estabelecimentos de 26 segmentos comerciais do estado do Rio, e divulgada na última segunda-feira pela Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), mostrou que a expectativa de contratação para os comerciantes fluminenses é de 29,7%, uma queda em relação ao mesmo período do ano passando, quando o percentual foi de 33%.
A federação estima que serão contratados, de forma temporária, cerca de 85,8 mil trabalhadores para atender ao aumento da demanda no período. No ano passado, a estimativa apontava para a geração de 96,9 mil vagas temporárias.
Segundo o economista da Fecomércio-RJ, Christian Travassos, a diminuição no número de contratações ocorre porque os estabelecimentos já estão com um número elevado de trabalhadores.
- É um cenário econômico bastante aquecido, com muitos profissionais. Assim fica mais difícil agregar ao mercado novas vagas. O varejo, por exemplo, vem se destacando entre os setores com desempenho diferenciado, aumentando a concorrência e exigindo uma qualificação melhor do funcionário, que vai atender a um consumidor cada vez mais exigente - disse.
Ainda de acordo com Travassos, em média, cada estabelecimento deve contratar cinco funcionários temporários. A possibilidade de efetivação aumentou de 80% para 83,2% em relação ao ano passado.
- Existe um movimento maior de contratações permanentes e um foco em treinamento para que o profissional não passe apenas pela empresa, mas que ele possa fazer parte do quadro efetivo no futuro. Nesse contexto, os que forem contratados temporariamente têm mais chances de ser efetivados - explicou.
Mais de 64% dos comerciantes começaram a contratar funcionários temporários este mês e 31,7% pretendem contratar em dezembro. Quanto ao período em que pretendem manter os temporários, 42,1% dos comerciantes informaram que ficarão com eles até janeiro de 2013 e 40,9% até o fim de dezembro.

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